Pedro Nuno Santos reuniu-se com Santos Silva: “Foi um excelente presidente da AR”

Pedro Nuno Santos foi apresentar cumprimentos como líder do PS ao presidente do Parlamento. E falou das funções de Santos Silva no passado.

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Antes de voltar a sentar-se na última fila da AR, Pedro Nuno Santos foi cumprimentar o presidente do Parlamento LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS
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Foi uma "reunião institucional" de meia hora e não uma reunião partidária, teve que vincar Pedro Nuno Santos à saída do encontro com o presidente da Assembleia da República, mesmo antes do início do último plenário desta legislatura antes da dissolução. Augusto Santos Silva já se mostrou disponível para se manter no cargo e continuar o trabalho que "foi interrompido por razões alheias" à sua vontade e o novo secretário-geral do PS foi questionado sobre isso no final da reunião de carácter institucional que os dois tiveram na sequência da eleição do novo líder socialista.

"Foi uma reunião importante com o presidente da Assembleia da República, que é a casa da democracia e a base do sistema democrático português, onde depositamos muita confiança e muita esperança", afirmou Pedro Nuno Santos, defendendo ser necessário "trabalhar na aproximação do Parlamento com o povo português". Mas também no sentido inverso, ou seja, trabalhar "na confiança do povo português em relação à Assembleia da República."

"É a partir daqui que construiremos uma solução de Governo. Por isso é tão importante para o PS e para o sistema democrático a instituição Assembleia da República", disse o líder do PS, que esteve nas negociações de 2015 com os parceiros parlamentares à esquerda e coordenou a relação destes com o Governo durante essa legislatura.

Questionado sobre a possibilidade de Augusto Santos Silva se manter como segunda figura do Estado, Pedro Nuno Santos referiu-se-lhe sempre no passado, apesar de continuar nestas funções pelo menos até finais de Março. "Augusto Santos Silva foi um excelente presidente da Assembleia da República, que trouxe a esta casa a autoridade necessária para assegurar que funciona com urbanidade, respeito pela lei e por todos os portugueses", descreveu. Na disputa interna à liderança do PS, Augusto Santos Silva foi apoiante de José Luís Carneiro.

"Neste momento, Augusto Santos Silva deixa uma boa memória do que foram estes quatro anos", acrescentou - embora tenham sido só dois anos. "Não estamos na fase de discutir listas de deputados do PS nem cargos na Assembleia da República", escudou-se Pedro Nuno Santos. "Esta foi uma reunião institucional entre o secretário-geral do PS, uma delegação do PS, e o presidente da Assembleia." O novo líder socialista fez-se acompanhar da deputada e ex-ministra Alexandra Leitão, que está a coordenar o programa eleitoral do PS, e pelo deputado e ex-secretário-geral-adjunto João Torres, que será o director de campanha.

Questionado sobre o protesto dos polícias, tal como tinha acontecido na quarta-feira no final da reunião com o Presidente da República, Pedro Nuno Santos insistiu na ideia de que as forças de segurança "são um elemento central no funcionamento do Estado de direito democrático" e que "contribuem de forma decisiva para que Portugal continue a ser um dos países mais seguros do mundo". Realçou ter "grande respeito por quem dedica a vida a cuidar da segurança" dos portugueses e disse levar "a sério" as reivindicações.

Porém, também fez questão de referir o "esforço" do actual Governo para aumentos salariais e garantiu que será mantido o compromisso de haver até 2026 um aumento médio de 20%. "É para cumprir e queremos dar um novo impulso", prometeu, sem especificar, dizendo apenas: "Queremos trabalhadores com melhores condições de trabalho e remuneratórias. Queremos que estejam motivados, se sintam valorizados e respeitados."

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