A direitização da direita europeia
A maioria dos partidos da direita populista ou extrema-direita da União Europeia tem representação ou intenções de voto bem acima dos 10%.
O populismo da e na Europa. Desde o final da Segunda Grande Mundial que direitas e esquerdas relativamente moderadas foram um dos principais esteios da integração europeia. Contudo, com o acentuar da retórica da crise – financeira, migratória, cultural, pandémica, securitária – ao longo de décadas, a dicotomia nós e outros foi elevada para um nível emergencial (veja-se o acordo recente sobre o Pacto de Migração e Asilo na UE). Como consequência, certos partidos, quer lhe chamemos populistas de direita ou de extrema-direita, tornaram-se parte do mosaico político europeu. Por exemplo, a ascensão do FPÖ ao poder, na Áustria, na década de 2000, e o sucesso de partidos similares em França, Finlândia, Países Baixos e Suécia nos inícios dos anos 2010. Num relatório do Institute for Global Change sobre os populistas no poder no mundo, na secção sobre a Europa, conclui-se que o populismo cultural – o que fala das e para as verdadeiras pessoas, aquelas, provavelmente, de bem – é o mais recorrente e bem-sucedido no continente.
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