Activistas pintam fachada da Câmara de Lisboa de vermelho e hasteiam bandeira da Palestina

Acção realizada por grupos climáticos solidários com o Colectivo de Libertação da Palestina. Autarquia repudia “acto selvagem e bárbaro”.

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Câmaa Municipal de Lisboa DR/Instagram
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Uma bandeira da Palestina foi hasteada na varanda da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a fachada do edifício pintada com a cor vermelha. A acção de protesto foi realizada por dois grupos, o Climáximo e a Greve Climática Estudantil de Lisboa, activistas solidários com o Colectivo de Libertação da Palestina.

No final da manhã, a Câmara Municipal de Lisboa repudiou o incidente. Em nota enviada ao PÚBLICO, a autarquia denuncia um "acto selvagem e bárbaro", classificando a acção como "a vandalização de princípios da democracia no seu estado mais puro".

"O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa manifesta profundo repúdio contra o atentado levado a cabo a um património classificado e único da nossa cidade e país. O que aconteceu esta madrugada na Casa da República e de todos nós é mais do que um acto selvagem e bárbaro. É a vandalização de princípios da democracia no seu estado mais puro. Esperamos que todos os grupos políticos representados no Executivo Municipal possam também publicamente acompanhar e condenar este crime contra a nossa cidade", escreve a autarquia.

O acto foi anunciado numa publicação na rede social Instagram. Os grupos climáticos responsáveis pela acção insurgem-se contra o “apoio incondicional de Carlos Moedas” a Israel, “projecto colonial que, há mais de 75 anos, tem por base a limpeza étnica do povo palestiniano”. A palavra “genocida” foi escrita com tinta vermelha na entrada do edifício.

“Não podemos consentir com instituições que celebram um regime de apartheid, apoiando este genocídio. Não estando sequer o mínimo garantido — o corte diplomático e de todas as relações económicas e políticas entre a CML e o regime sionista —, hoje tornamos impossível ignorar o papel desta instituição na legitimação de apartheid e continuados crimes de guerra. Lutamos pelo fim da ocupação da Palestina e a autodeterminação do seu povo. Não assistiremos paradas ao genocídio”, escreveu o grupo no Instagram.

Notícia actualizada às 12h04: acrescentada reacção da autarquia ao incidente

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