Joana Craveiro não pode deixar de ver o que viu na Palestina
Depois de uma viagem à Palestina em Maio, a criadora portuguesa começou a trabalhar na “performance em progresso” Desver. Nas últimas semanas, intensificou as apresentações
Na primeira apresentação de Desver – Uma Breve Performance sobre Um País Ocupado por Outro, em Julho deste ano, Joana Craveiro resolveu fazer uma espécie de unboxing de uma caixa da qual se tinha despedido há dois meses, antes de deixar a Palestina. Durante a performance no Largo Residências, em Lisboa, abria à frente do público a caixa de onde saíam livros, formas de registo de entrevistas, lenços, especiarias, sabonetes, mapas, tudo materiais inofensivos, mas que poderiam ser confiscados pelas autoridades israelitas devido à sua origem. Na altura, tal como agora, Craveiro chamava a Desver uma “performance em progresso”. Mas talvez não pelas mesmas razões.
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