Num primeiro olhar, Paolo Benanti parece não encaixar nas fotografias do novo grupo de peritos em inteligência artificial da ONU. De túnica cinzenta com uma corda branca à cintura, o frade franciscano destaca-se dos restantes membros, que se reuniram presencialmente pela primeira vez no começo de Dezembro, em Nova Iorque. Ao seu lado tem políticos, governantes, académicos e representantes de grandes nomes da tecnologia, como a Microsoft, a Sony e a OpenAI. Foram todos convocados pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, para a mesma missão: pensar numa nova agência internacional para supervisionar os desenvolvimentos em inteligência artificial (IA). Uma nova versão da Agência Internacional para a Energia Atómica, mas para a IA, que reduza os riscos e maximize os benefícios da utilização da tecnologia.