Pelos Caminhos de Santiago do Centro de Portugal: “Não é religião, é sobre nós próprios”

Os peregrinos nos caminhos portugueses até Santiago de Compostela quadruplicaram em 10 anos. Caminhámos pelo Centro do país para descobrir as raízes de uma história cravada nos monumentos portugueses.

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A vieira e as setas amarelas são os símbolos mais emblemáticos dos Caminhos de Santiago de Compostela Pedro Cerqueira
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As poldras na Praia da Folgosa, em Castro Daire, comprovam a ligação dos Caminhos de Santiago aos caminhos romanos Pedro Cerqueira
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A vieira é um dos símbolos no túmulo gótico de Isabel de Aragão, devota de Santiago que peregrinou até Compostela Pedro Cerqueira
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A natureza dá com uma mão e tira com a outra nos caminhos que serpenteiam o Centro de Portugal até Santiago de Compostela. Às vezes, oferece de bandeja as maçãs que apaziguam a fome, outras deixa os peregrinos à sua sorte com pouco mais do que alguns bagos. Faz tombar as folhas das figueiras que conferem sombra, mas com a mesma ligeireza submete os romeiros ao calor fervilhante do meio-dia numa montanha cicatrizada pelos incêndios. E as ervas que atenuam os passos também pregam rasteiras nas descidas mais íngremes.

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