Entre o onirismo e a tragédia terrena, Bruno Bravo atira-se à “peça impossível” de Strindberg
O encenador leva ao São João Um Sonho, peça em que o dramaturgo sueco se propôs a representar a “distorção do espaço e do tempo” do actor de sonhar – mas com os pés bem assentes na terra.
Se há um ano perguntassem a Bruno Bravo se preferia fazer uma peça de Henrik Ibsen ou de August Strindberg – dois gigantes da dramaturgia, dois precursores do teatro moderno a poucos quilómetros de distância um do outro –, o encenador quase de certeza que escolheria o primeiro. Hoje, depois de levar à cena o segundo, provavelmente a resposta seria outra. Mergulhou em Um Sonho, peça de Strindberg estreada em 1907, passou lá muito tempo, e subiu à tona plenamente convencido de que se trata de “um autor enorme”.
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