Milhares assinam petição contra “morte do JN”, um diário com “135 anos de história”

Petição lançada na quarta-feira conta já com 2000 assinaturas. Trabalhadores contestam despedimento colectivo que se alargará a outras publicações do Global Media Group, como O Jogo e a TSF.

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Ao longo do requerimento, é destacado o papel do último jornal com sede no Porto Luis Efigénio / nFACTOS
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Perante a “morte do JN como o conhecemos”, os trabalhadores daquele diário decidiram lançar uma petição pública que pelas 11h desta quinta-feira já contava com mais de 2000 assinaturas. Somos JN — Em Defesa do Jornal de Notícias, do Jornalismo e das Pessoas é o nome da petição lançada na quarta-feira que expõe o despedimento colectivo de 150 pessoas, 40 pertencentes à redacção do Jornal de Notícias — que, entre a sede, no Porto, e a delegação de Lisboa, conta com 90 profissionais.

Ao longo do requerimento, é destacado o papel do último jornal com sede no Porto, um diário “com 135 anos de história”. “Uma história sobre e para o país, como tantas, mas contada a partir do Norte e do Porto, como mais nenhuma. Agora sob ameaça”, pode ler-se. É também destacado o papel do jornalismo para a pluralidade num “país mais coeso e democrático, mais unido na sua diversidade.” Ainda assim, “o JN não é uma prioridade para a nova administração do Global Media Group (GMG)”, criticam.

O GMG é detentor de outros títulos como o Diário de Notícias, O Jogo e a TSF. Além dos recentes despedimentos e greves, também sentidos nestes órgãos de comunicação, o grupo avançou com a intenção de despedir mais funcionários. De acordo com a Lusa, o despedimento de “56 trabalhadores dos serviços partilhados e sector comercial” conta com “30 da TSF e um número ainda indefinido de O Jogo”.

Os trabalhadores do Jornal de Notícias vão reunir-se esta quinta-feira. De acordo com o pedido feito ao Sindicato dos Jornalistas, prevê-se uma greve para os dias 6 e 7 de Dezembro.

Texto editado por Pedro Sales Dias

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