Contas do FC Porto aprovadas na assembleia geral

Sócios do clube viabilizaram relatório que reporta prejuízos no exercício de 2022-23. “Ficou demonstrado que o clube é dos sócios”, assinalou Pinto da Costa.

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Nelson Garrido
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Os sócios do FC Porto aprovaram nesta quarta-feira, em Assembleia Geral, o relatório e contas relativo à época 2022-23. Num total de 819 votantes, a proposta passou com 69,88% de votos a favor (434 favoráveis, 187 contra e 198 abstenções), no decurso de uma reunião magna que teve lugar no Dragão Arena.

No exercício financeiro do clube respeitante a 2022-23, registou-se um resultado líquido negativo de 2,430 milhões de euros, números considerados ligeiramente (265 mil euros) menos “problemáticos” se comparados com os 2,695 milhões de euros (negativos) da época anterior, então aprovados por maioria.

Já o Grupo FC Porto (Futebol Clube do Porto, FC Porto - Futebol, SAD, PortoComercial, PortoEstádio, PortoMultimédia, PortoSeguro, Dragon Tour, EuroAntas, FCP Serviços Partilhados, FCP Media, Avenida dos Aliados e Miragem) fechou 2022-23 com prejuízos superiores a 48 milhões de euros.

No total, e depois de uma forte declaração de voto de André Villas-Boas, a fundamentar o chumbo, os sócios do FC Porto aprovaram as contas com 434 votos a favor, 187 contra e 198 abstenções, antes de Jorge Nuno Pinto da Costa tomar a palavra.

"Ficou hoje aqui demonstrado que o clube é dos sócios. Dos que votam a favor, dos que se abstêm e dos que votam contra", começou por afirmar o presidente do FC Porto, dirigindo depois palavras elogiosas ao candidato Nuno Lobo ("Marcou presença como um portista que é, de facto, mostrou um sentido de estado e absteve-se nesta votação") e ao líder dos Super Dragões: "Cheguei ao FC Porto como presidente, como associado há 70 anos e dirigente sou desde 1962. Em todas as alturas o Fernando Madureira foi um guarda pretoriano do FC Porto".

O dirigente máximo dos "dragões" não perdeu também a oportunidade para se referir a André Villas-Boas. "Ao senhor associado Villas-Boas, queria destacar que pela primeira vez na sua vida de portista veio a uma Assembleia Geral. Veio para dizer mal, para propor a recusa das contas sem pensar nos prejuízos que isso trazia para o FC Porto. Naturalmente, espero que reconsidere, que não venha ler papéis com os números que lhe põem à frente, que venha dizer o que lhe vai na alma, não o que lhe escrevem no papel para ele vir aqui dizer."

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