Actriz Cyntia Nixon junta-se à greve de fome pela Palestina e aos protestos contra Administração Biden

Cyntia Nixon, de O Sexo e a Cidade, juntou-se aos protestos, nesta segunda-feira, em frente à Casa Branca, em Washington. A greve de fome durará até sexta-feira, 1 de Dezembro.

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Cyntia Nixon considera que os actuais dias de trégua entre Israel e o Hamas são insuficientes KEVIN DIETSCH/GETTY IMAGES
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“As acções do Presidente Biden levam ao bombardeamento de palestinianos, à fome dos palestinianos. Através da nossa fome, queremos tornar visível o que é tantas vezes apagado”, partilhou Zohran Mamdani, deputado estadual democrata da cidade de Nova Iorque. Além de legisladores estaduais e defensores dos direitos palestinianos, o grupo de activistas conta com Cyntia Nixon, actriz conhecida pelo papel de Miranda Hobbs em O Sexo e a Cidade e, mais recentemente, And Just Like That.... A greve de fome começou nesta segunda-feira e durará cinco dias, terminando na sexta, 1 de Dezembro.

“Sou mãe de crianças judias cujos avós são sobreviventes do Holocausto”, começou por sublinhar Cyntia Nixon que, em 2018, concorreu à governação de Nova Iorque. “Em sete semanas, Israel matou mais civis numa pequena faixa de terra do que a guerra no Afeganistão em 20 anos.” Sobre os actuais dias de trégua entre Israel e o Hamas, a actriz sublinha não ser suficiente. “Estou farta de que me expliquem que as baixas civis são um custo rotineiro da guerra.”

Em resposta ao apoio financeiro de Israel, Nixon aponta o suporte de um desastre humanitário. “Não podemos continuar a permitir que os dólares dos contribuintes norte-americanos ajudem no assassinato e fome de milhões de palestinianos”, remata.

Quanto ao jejum, a actriz partilhou que apenas o interromperia — com água e um pouco de limão — nesta terça-feira, 28 de Novembro, por compromissos de trabalho. Os demais manifestantes planeiam reunir-se ao longo da semana, entre as 9h e as 19h, sempre em frente da Casa Branca.

Os protestos pró-Palestina ecoam também na cidade de Nova Iorque. Um corte de três horas na circulação da ponte de Manhattan ocorreu num dos dias de viagem mais intensos do ano, 26 de Novembro, o domingo após o feriado de Acção de Graças. A acção contou com mais de 1500 manifestantes, de acordo com o grupo Voz Judaica pela Paz.


Texto editado por Carla B. Ribeiro

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