João Laia será o director artístico do departamento de Arte Contemporânea do Porto

Curador-chefe do Kiasma, o museu de arte contemporânea da Finlândia, João Laia assumirá funções em Janeiro de 2024. A seu cargo, a Galeria Municipal do Porto, a Fonoteca Musical e a plataforma Pláka.

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João Laia é também o curador da representação lituana à 60.ª Bienal de Veneza, em 2024 Nuno Ferreira Santos
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João Laia, actualmente curador-chefe do Kiasma, o museu de arte contemporânea da Finlândia, será o director artístico do departamento de Arte Contemporânea da Câmara Municipal do Porto, anunciou o município na manhã desta segunda-feira, em comunicado enviado à imprensa. João Laia iniciará funções em Janeiro de 2024.

Natural de Lisboa, onde nasceu em 1981, João Laia tem formação em ciências sociais, teoria do cinema e arte contemporânea. Nomeado curador-chefe do Kiasma em 2019, tem já um vasto percurso enquanto curador. Muito recentemente, foi o responsável, nessa função, pela GIBCA – Göteborg Internacional Biennial for Contemporary Art, cuja 12.ª edição encerrou dia 19 de Novembro. Tem também desenvolvido importante actividade na Lituânia: juntamente com Valentinas Klimašauskas é o curador da representação do país à 60.ª Bienal de Veneza, em 2024, e foi curador, também com Klimašauskas, da 14.ª Trienal do Báltico, em 2021, em Vilnius.

No Porto, onde apresentou no passado projectos como uma onda polifónica de elementos concretos que fluem pelo ar (2014), no ARTES Mota Galiza, e Hybridize or Disappear (2015), nos Paços do Concelho, será agora responsável pela programação e gestão da Galeria Municipal do Porto, estrutura com que vem colaborando ao longo dos anos, e da Fonoteca Municipal do Porto, assumindo igualmente a plataforma Pláka, de apoio à prática artística, bem como outros projectos desenvolvidos no seio da Ágora, a empresa municipal responsável pelas áreas da cultura, desporto e entretenimento.

Do percurso de João Laia consta ainda trabalho de curadoria para instituições como La Casa Encendida, em Madrid, o MACBA – Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, a Bienal Sesc_Videobrasil, em São Paulo, a Fondazione Sandretto Re Rebaudengo, em Turim, a Whitchapel Gallery, em Londres, ou a Moscow Young Art Biennial. Colaborou ainda, entre outros, com o MAAT, Museu do Chiado, Galeria Zé dos Bois ou Galeria Francisco Fino, em Lisboa, e com a Colecção António Cachola, em Elvas.

João Laia sucede no cargo à curadora e investigadora Filipa Ramos, que cessou funções um ano após ter assumido a direcção artística da Galeria Municipal do Porto e do Departamento de Arte Contemporânea da Ágora. A decisão foi tomada pela própria, por “motivos de natureza pessoal”, segundo o departamento de comunicação da empresa municipal.

Notícia actualizada com referência à antecessora de João Laia no cargo

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