João Laia nomeado curador da Bienal de Arte Contemporânea de Gotemburgo 2023
Curador-chefe de exposições no Kiasma - Museu Nacional de Arte Contemporânea de Helsínquia, o português João Laia será curador da 12.ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Gotemburgo em 2023.
O curador português João Laia foi nomeado curador-geral da 12.ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Gotemburgo (GIBCA), na Suécia, que decorrerá de 16 de Setembro a 19 de Novembro de 2023, anunciou o próprio.
Prevista para envolver os centros de arte e espaços colaborativos de toda a cidade, a próxima edição da bienal “celebrará narrativas plurais para o agora e o amanhã”, segundo um comunicado divulgado pelo curador e também publicado na página da bienal, citando a directora artística da GIBCA, Ioana Leca.
“Estamos entusiasmados em colaborar com João Laia para aproximar a sua pesquisa curatorial da cidade de Gotemburgo e das suas coordenadas”, acrescentou a responsável de uma bienal que tem vindo a apresentar as respostas artísticas às diferentes crises actuais e as reflexões dos criadores sobre a formalização dos valores europeus, a par das histórias dos respectivos Estados-nação.
Por seu turno, João Laia disse, no mesmo comunicado, estar “muito feliz” com esta nomeação para curador da edição de 2023: “É uma honra contribuir para a narrativa da bienal que recentemente destacou perspectivas transnacionais silenciadas, abordou concepções monolíticas de sociedade, e analisou os ecos actuais da participação de Gotemburgo no circuito global do comércio de escravos”.
“Como parte da equipa da Bienal, espero apresentar um evento que examina o agora, desconstruindo entendimentos hegemónicos do social e disseminando narrativas alternativas para celebrar a nossa capacidade colectiva de imaginar e ensaiar mundos por vir”, acrescentou, sobre as ideias que irá desenvolver para o próximo projecto.
João Laia é curador-chefe de exposições no Kiasma - Museu Nacional de Arte Contemporânea de Helsínquia, na Finlândia, desde Junho de 2019, e é formado em ciências sociais, teoria do cinema e arte contemporânea.
Com o lituano Valentinas Klimasauskas, Laia foi curador da 14.ª Trienal do Báltico, no Centro de Arte Contemporânea, em Vílnius, na Lituânia.
Em projectos anteriores, colaborou com a Fundação Sandretto Re Rebaudengo, em Itália, La Casa Encendida, em Espanha, ou a Whitechapel Gallery, no Reino Unido, entre outros. Editou as obras Living Encounters (2022) e A Multiple Community (2018).
É um dos fundadores do espaço independente, sem fins lucrativos, The Green Parrot, em Barcelona, dedicado a práticas artísticas contemporâneas do sul da Europa, Médio Oriente, Norte da África e América Latina.
Em Portugal, Laia, de 40 anos, colaborou com instituições como o Museu de Arte Arquitectura e Tecnologia - MAAT, o Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, o Torreão Nascente da Cordoaria Nacional - Galerias Municipais de Lisboa, a Galeria Zé dos Bois, a Galeria Francisco Fino, a Galeria Municipal do Porto e a Colecção António Cachola.