Há um jornalista contratado para acompanhar só Taylor Swift. E as críticas não se fizeram esperar

A Gannett, a maior editora de jornais em circulação diária dos Estados Unidos, contratou um jornalista para se dedicar à cantora. Jornalistas condenam parcialidade; fãs da cantora o oposto.

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Taylor Swift reúne uma das maiores e mais dedicadas base de fãs Reuters/JEENAH MOON
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A maior editora de jornais nos EUA, a Gannet, que detém títulos como o USA Today, criou uma vaga muito especial: um jornalista que terá de cobrir em exclusivo tudo o que diz respeito a Taylor Swift. O escolhido foi Bryan West, de 35 anos, que se vê agora no centro de um rol de críticas: observadores de media argumentam que o que repórter irá fazer não é jornalismo, enquanto os swifties consideram que West não é suficientemente devoto para acompanhar a carreira da cantora.

Os profissionais de media nos EUA não gostaram de ler West a descrever-se como “um fã de Taylor”. E menos ainda quando o jornalista avaliou que a sua posição era semelhante à de um jornalista desportivo com preferências clubísticas. “Eu diria que essa posição não é diferente de ser um jornalista desportivo que é fã da equipa da casa”, avaliou numa entrevista à Variety.

Mas, para Bill Grueskin, o professor e ex-director da escola de jornalismo da Universidade de Columbia, a paixão de West pelo tema pode beneficiar o seu trabalho e desvaloriza as críticas. “Acho que esperar que os jornalistas suspendam completamente qualquer tipo de simpatia pessoal por uma estrela pop ou uma equipa de basebol é provavelmente inviável”, avalia, citado pelo New York Times. “A chave é como o jornalista faz a cobertura disso.”

Do lado da enorme base de fãs de Swift, a escolha de West também não reuniu simpatia, até pelo facto de ser homem, relata o New York Times. Uma mulher, explicou April Glick Pulito, uma fã de Swift que trabalha em comunicações políticas, seria “alguém em quem tantos fãs de Taylor se poderiam espelhar”.

Depois da vaga para jornalista exclusivo de Taylor Swift, capaz de “identificar por que a influência da estrela pop só se expande” e “o que sua base de fãs representa na cultura pop”, a Gannet anunciou ter um lugar para um jornalista que acompanhe Beyoncé.

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