António Costa faz declaração às 20h para explicar negócios sob investigação

O gabinete do primeiro-ministro confirmou ao PÚBLICO essa declaração.

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António Costa fala hoje aos portugueses LUSA/RODRIGO ANTUNES
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O primeiro-ministro fará este sábado, às 20h, uma declaração ao país, confirmou o PÚBLICO, sem que, no entanto, ainda se conheçam os motivos. O PÚBLICO apurou que pode tratar-se de dar explicações sobre questões de política do Governo relacionadas com os negócios sob investigação e responder a perguntas.

"Convoca-se a comunicação social para uma declaração do primeiro-ministro às 20h na residência oficial do primeiro-ministro", lê-se na nota entretanto enviada às redacções.

Na quinta-feira à noite, à chegada à Comissão Política do PS, Costa foi questionado sobre se iria demitir o ministro João Galamba, já constituído arguido, e respondeu que iria "tratar desse assunto" em breve com o Presidente da República. Na sexta-feira, questionado no Parlamento se se demitia, Galamba afirmou que não o iria fazer.

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Este sábado, a Lusa noticia que o primeiro-ministro irá reunir-se com o Presidente da República na terça-feira, sobre a situação no Governo do ministro das Infra-estruturas, João Galamba, citando fonte do executivo.

António Costa fala após serem ouvidos pelo juiz o seu antigo chefe de gabinete, Vitor Escária, e o seu antigo consultor e amigo, Diogo Lacerda Machado, que se encontram detidos desde terça-feira, no âmbito da Operação Influencer.

O chefe de Governo apresentou a sua demissão nesse mesmo dia, após um comunicado da Procuradoria-Geral da República que referia que também António Costa estava sob investigação judicial.

O Ministério Público esclareceu na sexta-feira que o inquérito que visa o primeiro-ministro e corre junto do Supremo Tribunal de Justiça foi aberto há 24 dias, ou seja, a 17 de Outubro.

A nota da PGR surge após o PÚBLICO e diversas personalidades públicas terem insistido na necessidade do Ministério Público esclarecer a data de abertura do inquérito a Costa. Neste caso investiga-se a prática de eventuais crimes associados a quatro negócios (dois do lítio, um do hidrogénio e outro relativo a um megaprojecto para instalar um campus de data centers, em Sines).

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