O Rapaz e a Garça: a vida segundo Hayao Miyazaki
Será O Rapaz e a Garça, esta semana nas salas, o último filme do mestre japonês da animação? Na verdade, pouco importa: ninguém conta histórias como Miyazaki, como o novo filme confirma.
Faz agora dez anos, Hayao Miyazaki disse que As Asas do Vento iria ser o seu último filme, e que depois se iria reformar da animação. E, contudo, neste ano da graça de 2023, eis O Rapaz e a Garça, 12.ª longa-metragem do mestre japonês, inspirada por um romance de 1937 de Genzaburo Yoshino — do qual, no entanto, não é uma adaptação. E, aos 82 anos, o criador de Conan, “o rapaz do futuro”; do vizinho Totoro; da princesa Mononoke, da menina Chihiro e de tantos outros diz estar já a preparar um novo filme. Não seria caso único: quantos outros cineastas não disseram já estarem dispostos a arrumar a câmara para voltarem atrás com a palavra e fazerem um ou vários últimos filmes?
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