João Miguel Tavares – o falso moderado e o genocídio real

Alguns dos que se julgam moderados são mais perigosos do que os extremistas assumidos. Desdramatizar o que é dramático pode ser fatal.

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As pessoas que se afirmam moderadas – por oposição às outras, a quem chamam radicais ou extremistas – têm o péssimo costume de reconhecer a gravidade dos conceitos, mas, ao mesmo tempo, não reconhecer quando esses conceitos se aplicam aos factos. Isto acontece sobretudo quando lhes convém. Passo a exemplificar: consideram o fascismo gravíssimo, mas, para essas pessoas, nada é suficientemente grave para ser considerado fascismo. Fazem agora o mesmo com o genocídio. Insistem que não há genocídio nenhum.

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