Genocídio

790 académicos e profissionais de todo o mundo sentiram-se “obrigados a lançar o alerta para a possibilidade de as forças israelitas estarem a cometer um crime de genocídio” na Faixa de Gaza.

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A guerra israelita contra Gaza "é um caso exemplar de genocídio (...), e os governos dos EUA, do Reino Unido e de grande parte da Europa são totalmente cúmplices deste terrível ataque". Foi com estas palavras que o diretor do gabinete do Alto Comissariado para os Direitos Humanos (ACDH) em Nova Iorque se demitiu ontem (Guardian, 31/10/2023). É mesmo de genocídio que falamos. Bombardeamento indiscriminado de bairros, escolas, hospitais, campos de refugiados, instalações das agências da ONU e de ONG humanitárias. Cerco imposto por terra, mar e ar a um território do tamanho de metade do distrito do Porto, com 2,4 milhões de pessoas, 80% das quais já eram refugiadas antes desta enésima punição coletiva israelita. Corte permanente de água, de luz, de combustível, de todas as comunicações em dias inteiros. Como dizia há dias a porta-voz do ACDH, "nenhum sítio em Gaza é seguro. Forçar as pessoas a sair nestas circunstâncias (...) e enquanto estão sob cerco total (...) constitui um crime de guerra" (Le Monde, 27/10/2023). Oito mil e trezentos mortos, mais de metade crianças, 21 mil feridos.

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