Zelensky diz que Rússia perdeu uma brigada inteira na batalha de Avdiivka

Presidente ucraniano reclama “perdas dolorosas” para as forças russas no cerco à cidade situada na região de Donetsk, no Leste do país.

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A cidade de Avdiivka tem estado sob fogo intenso das forças russas REUTERS/Yevhen Titov
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O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou esta sexta-feira que as forças russas perderam pelo menos uma brigada do seu exército que tentava avançar sobre a cidade de Avdiivka, no Leste do país. A cidade está sob fogo intenso por parte da Rússia, que não tem poupado meios para tomar a localidade situada na região de Donetsk: para além de ataques de infantaria, Moscovo tem tentado destruir as posições ucranianas com constantes barragens de artilharia.

“Os invasores fizeram várias tentativas para cercar Avdiivka, mas de cada vez os nossos soldados impediram-nos e fizeram-nos recuar, causando perdas dolorosas. Nestes casos, o inimigo perdeu pelo menos uma brigada”, disse Zelensky ao primeiro-ministro britânico Rishi Sunak num telefonema, segundo informou a presidência ucraniana através de um comunicado.

As brigadas variam em tamanho e podem ter entre 1500 e 8000 soldados. As perdas no campo de batalha são um segredo de Estado na Rússia e na Ucrânia, embora se acredite que ascendam a muitas dezenas de milhares em ambos os lados desde que a Rússia lançou a invasão em grande escala da Ucrânia em Fevereiro de 2022.

Adviivka tornou-se no principal palco de batalha na linha da frente no Leste da Ucrânia quase cinco meses depois de Kiev ter lançado uma contra-ofensiva nas regiões ocupadas. O think-tank norte-americano Instituto para o Estudo da Guerra escreveu na quinta-feira, na sua análise diária ao conflito, que a Rússia tinha sofrido pesadas perdas em equipamento perto de Avdiivka, o que “provavelmente prejudicará as capacidades ofensivas russas a longo prazo”.

A cidade, que alberga uma importante fábrica de coque, combustível feito a partir do carvão, tem estado sob ataque desde 2014, quando eclodiu no Donbass o conflito entre a Ucrânia e as forças apoiadas pela Rússia. Vitaliy Barabash, chefe da administração militar de Avdiivka, disse que estes novos ataques para capturar a cidade foram os maiores desde 2014.

Noutro sinal que pode ser visto como desespero em Moscovo pela falta de avanços no terreno, os EUA afirmaram na quinta-feira à noite que as forças russas estão a “executar soldados” que tentam recuar no campo de batalha.

“Temos informações de que os militares russos estão a executar soldados que se recusam a obedecer a ordens”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, em conferência de imprensa.

O responsável norte-americano indicou que os EUA estão também em posse de informações de que “os comandantes russos estão a ameaçar executar unidades inteiras se tentarem escapar ao fogo da artilharia ucraniana”, embora não tenha fornecido detalhes nem a forma com estes dados chegaram a Washington.

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