O presente e o futuro acontecem ao mesmo tempo no MATE

Coimbra está a acolher a primeira edição europeia de um festival que ambiciona ser sobretudo um fórum de diálogo entre concertos e debates.

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O duo grego Kandalia, assente num repertório de guitarras Rodrigo Silveira
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Não se pode dizer com certeza absoluta que nunca antes terá acontecido, mas talvez esta seja a primeira ocasião em que uma mulher se aventura a cantar o fado de Coimbra e, ao contrário das vezes anteriores, a reacção negativa por parte dos zelosos “donos” da tradição não a leva a bater em retirada. Na verdade, Beatriz Villar, que vemos actuar no palco instalado no Museu Nacional Machado de Castro na primeira edição do festival MATE (Música, Arte, Tecnologia, Educação), nunca se viu sequer confrontada com uma resposta intimidante. Ouvimo-la dar voz a fados, canção de Coimbra e temas populares com a leveza e a segurança de quem avança sem medo de estar a pisar os calos de algum “doutor” cioso da absurda convenção – defendida com a desculpa da tradição – que impedia as mulheres de se dedicarem a este reportório.

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