A esquerda condena os ataques MAS não porque lho exigem

O processo é tão perverso que quando alguém, à esquerda, assume uma posição divergente da posição maioritária, à esquerda, passa à categoria de “pessoa decente.” Aconteceu esta semana com Rui Tavares.

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Entendo ser uma questão de transparência que quem escreve opinião revele o seu posicionamento político. Respeito quem não o faz, mas, a meu ver, é uma informação relevante para os leitores e para a análise que fazem das crónicas ou dos artigos de opinião. Desde a primeira vez em que escrevi para este jornal, tive esse cuidado e essa intenção. A crónica chamava-se “A esquerda radical” e falava do condicionamento que a esquerda aceitou na vida política e no debate público e que se traduz, por exemplo, na necessidade de estar permanentemente a defender-se de acusações de extremismo.

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