Governo espera quebra abrupta na subscrição de Certificados de Aforro

Saldo líquido deverá aumentar apenas 576 milhões de euros em 2024.

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Redução da taxa de juro do Certificados de Aforro nota-se na queda da procura Ricardo Lopes
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Depois do corte violento na remuneração dos Certificados de Aforro (CA), o Governo espera uma redução abrupta nas novas subscrições deste produto de poupança. Na proposta de Orçamento do Estado para 2024, é esperado um aumento líquido do instrumento de dívida pública de apenas 576 milhões de euros.

Uma “ninharia”, quando comparado com o aumento líquido de 14,7 mil milhões de euros estimados para 2023, que atiram o montante total para 34.291 milhões de euros.

A forte travagem na procura de CA é explicada pela redução significativa na taxa de rentabilidade do produto, materializada através a suspensão da série E, que oferecia e ainda oferece a quem a subscreveu uma taxa-base de 3,5%, e o lançamento de uma nova série, a F, com uma taxa-base de 2,5%.

Para o próximo ano, e de acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2024, o Estado antecipa que as novas subscrições ascendam a 3518 milhões de euros e as amortizações a 2942 milhões de euros, o que corresponderá a um saldo líquido total de 34.867 milhões de euros.

Em redução continuarão também os Certificados do Tesouro, que deverão cair 4,2 mil milhões de euros em 2023, diminuição que continuará em 2024, passando o saldo líquido de 11.089 milhões de euros para 10.510 milhões de euros.

A estrutura da dívida directa do Estado continuará assente em Obrigações do Tesouro, com cerca de 52,5% do saldo vivo. Já peso dos CA deverá aumentar para 11,5%, face aos 6,8% no final de 2022, enquanto os Certificados do Tesouro caem de 5,3% para 3,7%.

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