O direito à habitação sai à rua. “As pessoas não aguentam mais a pressão”
Este sábado, são esperadas “dezenas de milhares” de pessoas nas ruas de 24 cidades por todo o país, num protesto que junta a luta pelo direito à habitação aos activistas pela justiça climática.
O dia em que foi notificada de que seria despejada foi o mesmo em que a saída forçada aconteceu. Era 1 de Março de 2021 e Portugal atravessava um dos picos mais graves da pandemia de covid-19, poucas semanas depois de terem sido registados recordes de mortes e internamentos hospitalares. Com o país em estado de emergência, os despejos estavam suspensos, mas continuavam a acontecer. É que, apesar de os senhorios não poderem denunciar contratos de arrendamento, a falta de pagamento de rendas já servia como justificação para despejar inquilinos, ao contrário do que tinha acontecido no ano anterior, quando vigorava uma moratória do pagamento de rendas.
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