Apple estende USB-C ao iPhone e lança modelos em titânio

A Apple revelou quatro modelos, incluindo dois em que é pela primeira vez usado titânio na estrutura. Novos iPhones chegam a Portugal no dia 22 a partir de 989 euros.

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Novos iPhones 15 foram apresentados numa sessão pré-gravada, como acontece desde o início da pandemia de covid-19 EPA/JOHN G. MABANGLO
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É um marco na história da Apple, ainda que forçado. A empresa, conhecida por ter usado durante anos formatos específicos para o carregamento dos seus dispositivos ou para a ligação de acessórios, revelou uma nova geração de iPhone com uma porta USB-C. O formato já existe noutros aparelhos da marca. É o mesmo formato usado pelos concorrentes, pela maioria dos aparelhos electrónicos e também o formato que a legislação europeia tornou obrigatório a partir do final de 2024, para minimizar a proliferação lixo electrónico. Na prática, isto significa que com o mesmo cabo é possível carregar todos os novos aparelhos da Apple, incluindo os auriculares.

Na sua apresentação anual de Setembro, a empresa revelou nesta tarde uma nova gama de telemóveis e smartwatches. Para além da porta USB-C, os novos iPhone 15 Pro trazem outra pequena mudança com ressonâncias históricas: o botão lateral para silenciar o aparelho, presente desde os primeiros modelos, passa agora a ser configurável, com o utilizador a poder decidir que funcionalidade lhe quer associar: ligar a lanterna, activar a câmara, lançar a aplicação de tradução de voz, entre outras.

Os novos iPhone 15 surgem em quatro declinações. Os 15 Pro (com ecrã de 6,1 polegadas) e 15 Pro Max (6,7 polegadas) têm uma estrutura em titânio, um metal que é mais resistente e leve que o aço – mas também mais propenso a riscos. É a primeira vez que é usado em iPhones. Custam em Portugal, respectivamente, 1249 e 1499 euros. O iPhone 15 (6,1 polegadas) custa 989 euros e o 15 Plus (6,7 polegadas), 1139 euros.

A câmara principal do novo iPhone 15 tem 48 megapixels e traz melhorias de software em relação ao modelo anterior, incluindo uma funcionalidade que permite mudar o elemento focado na fotografia após esta ser tirada e outra que identifica automaticamente quando a fotografia é tirada a uma pessoa ou animal, permitindo desfocar o fundo. Além da câmara de 48 MP, o iPhone 15 incorpora a "ilha dinâmica" (o recorte no ecrã que aloja a câmara frontal e os sensores), estreada no iPhone 14 Pro, no ano passado.

Já o topo de gama 15 Pro Max traz outra novidade para o iPhone: um zoom óptico de 5x.

A empresa californiana revelou também novas versões do AppleWatch. Uma das novidades é a possibilidade de usar um gesto que consiste em unir duas vezes as pontas de dois dedos para interagir com o aparelho.

O iPhone continua a ser o produto com que a Apple mais factura, tendo representado 48% das receitas no segundo trimestre – mas já não tem nas contas da empresa o peso de outros tempos, em que chegou a rondar os dois terços do total de receitas. O negócio da Apple tem vindo a assentar cada vez mais na venda de serviços digitais, como a plataforma Apple TV ou aplicações de exercício físico.

No segundo trimestre deste ano, a Apple tinha uma quota de 17% dos aparelhos enviados para o retalho, de acordo com a analista IDC. Os 44,5 milhões de smartphones da marca significaram uma quebra de 2% face ao mesmo trimestre do ano anterior, numa altura em que o mercado está a encolher.

A líder é a Samsung, que tinha naqueles três meses uma quota de 20%, apesar de ter registado uma queda de 15%. No total, o mercado de smartphones recuou perto de 7%. A Xiaomi ocupa o terceiro lugar e a Oppo, o quarto.

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