A Livraria Greta, dedicada exclusivamente a obras produzidas por mulheres, abriu portas esta quinta-feira, na zona dos Anjos, em Lisboa.
O projecto de Lorena Travassos, fotógrafa e professora de Cultura Visual e de Fotografia, a livraria tem nas estantes “livros escritos por mulheres (cis ou trans)”, de várias áreas (ficção, banda desenhada, livros infantis, história, estudos de género, poesia), e também revistas, zines e artes gráficas.
Virginia Woolf, Clarice Lispector, Agustina Bessa-Luís e Natália Correia são algumas das autoras em destaque na montra que abre a página oficial da Greta, que inclui ainda publicações feministas e queer e uma secção de livros infantis.
A prioridade é “disponibilizar livros que foram publicados em pequenas editoras ou por autopublicação e que, por isso, não estão disponíveis nas grandes livrarias”, lê-se na página.
O objectivo é reflectir “os problemas de género” da actualidade e “tornar acessível a publicação de grande qualidade que está sendo produzida [sobre o tema], mas que não tem espaço”.
A livraria especializada acolherá conversas, oficinas e lançamentos de livros, assumindo-se como “um lugar seguro para o encontro e debate de temas que sejam remetidos às comunidades LGBTQIA+, imigrantes e afro-descendentes de todos os lugares do mundo”.
A literatura à venda será exclusivamente da autoria de mulheres, mas o espaço é aberto a qualquer pessoa que procure “um mundo mais justo e ético”.
Além de livraria, a Greta é também um “clube”, no qual, através de uma assinatura anual, os seus membros poderão receber livros em casa - nalgumas modalidades, escolhidos com a curadoria da própria Lorena Travassos, doutorada em Ciências da Comunicação e especializada em arquivos coloniais e estudos de género.