Surpreendentemente Saverio Costanzo, evidentemente Yorgos Lanthimos

Um será tradicional, o outro enfant terrible. Quem ganhou a quem em mais um dia de competição de Veneza: Finalmente l’alba ou Poor Things?

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A Roma da Cinecittà no filme de Saverio Constanzo
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Se formos pelos aplausos, o ganhador do dia em Veneza é Poor Things. Dizem eles, os que gritam pelo grego Yorgos Lanthimos, os que tornaram a sessão do filme a mais aplaudida até agora da competição, que Poor Things "não se parece com nada". Parece-se, sim, com o romance gótico vitoriano: adapta um livro de Alsdair Gray (1934-2019) em que o autor escocês trabalhava ecos do Frankenstein de Mary Shelley criando no laboratório da sua imaginação um mundo retrofuturista de quimeras e outros monstros. Uma dica que talvez explique essa coisa do filme que não se parece com nada: tão aplaudidos como Lanthimos, na conferência de imprensa, foram os responsáveis pelos décors e pela direcção artística.

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