Moçambique anuncia a morte de líder dos jihadistas de Cabo Delgado

Bonomade Machude Omar, também conhecido como Ibn Omar ou Abu Suraka, era o principal alvo da Operação Golpe Duro II, e morreu em combate na terça-feira, segundo o Presidente Filipe Nyusi.

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Um soldado moçambicano em Cabo Delgado: combate ao terrorismo vai continuar LUÍS FONSECA/Lusa
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O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Moçambique, general Joaquim Rivas Mangrasse, anunciou esta sexta-feira a eliminação do líder do grupo jihadista que desde Outubro de 2017 já matou mais de 4000 pessoas na província de Cabo Delgado, no extremo Norte do país.

Bonomade Machude Omar, também conhecido como Ibn Omar ou Abu Suraka, de origem moçambicana, morreu em combate com outros jihadistas, na terça-feira, segundo a informação avançada mais tarde pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

O chefe de Estado disse que “o líder dos terroristas” tinha sido “colocado fora de combate”, mas que a luta contra o terrorismo estava longe de estar acabada: “A perseguição prevalece e continua até onde os terroristas operam, em pequenos grupos.”

“Temos dito que aquelas vilas que estiveram nas mãos dos terroristas até 2021, todas elas, digo as capitais distritais, foram recuperadas pelas Forças de Defesa e Segurança, com o apoio dos nossos parceiros do Ruanda e da SAMIM [missão em Moçambique], da SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral]”, mas que ainda é cedo para cantar vitória.

“Como temos estado a afirmar, o terrorismo ainda não terminou”, avisou o general Mangrasse, acrescentando que actualmente os rebeldes actuam em “pequenos grupos dispersos”.

Ibn Omar, considerado o líder do grupo Ahlu Sunnah Wal Jamaah, conhecido localmente como Al-Shabab, e com ligações ao Daesh, era um alvo da Operação Golpe Duro II, actualmente em curso em Cabo Delgado.