Zarate, um Albariño cheio de acidez e maresia

Este Zarate Albariño 2022, bebido socialmente, magoa um pouco, embora, depois do primeiro choque, a gente se habitue e o aprecie melhor.

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É bom sermos regionalistas e nacionalistas nos vinhos, consumindo de preferência, em cada região ou país, o que lá se produz. Ir ao Alentejo e beber vinho do Douro, por exemplo, ou vice-versa, é um desperdício. Fora do Douro, procuro nunca cair nessa tentação. No estrangeiro, também fujo a vinhos portugueses. Sigo sempre a máxima “na terra dos lobos, uiva com eles”. Nunca percebi bem os restaurantes que privilegiam nas suas cartas vinhos de outras regiões em desfavor dos vinhos da região onde se situam. Comer e beber “localmente” é um acto tão sensato que nem merece grande discussão. Coisa diferente é comer ou beber só o que é português. Isso já é nacionalismo bacoco. Para apreciarmos o que é nosso, temos que conhecer o que os outros fazem. Só assim ficaremos a saber se estamos a trabalhar bem ou não.

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