Souldough, a pizzaria que saiu da praia para o centro de Cascais

Passou por Colares e pela Ericeira e agora fixou-se no centro da vila, numa parceria com a Legasea.

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Fica no centro, mas relativamente escondido porque não está numa das avenidas principais de Cascais. À chegada há uma pequena fila, que vai fluindo e desanimando quem não fez reserva para aquela noite. O Souldough foi uma pizzaria de praia, descontraída, e assim quer permanecer, mas a verdade é que a sua localização faz com que possa tornar-se, facilmente, um local da moda.

Enquanto, nas escadas que dão acesso à entrada do Souldough, a Fugas espera pelo momento de confirmar a sua reserva e poder entrar, descobre uma porta entreaberta que é a do espaço onde se encontra o enorme forno a lenha e onde se faz sentir a azáfama entre o estender da massa, a escolha dos ingredientes e a entrada das pizzas no forno.

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Para fazer a massa, o pizzaiollo, que é também um dos sócios do projecto, Jazz Signoretti, escolhe massa de lenta fermentação, de 48 a 72 horas — daí o dough no nome; quanto ao soul, deve-se a um lado mais espiritual, de inspiração indiana. Já nos ingredientes não há carne, nem peixe, as pizzas são napolitanas e vegetarianas, e destaca-se um pesto muito bem confeccionado.

Assim que entramos, somos convidados a visitar a guesthouse Legasea, que vive paredes-meias com a Souldough. "Tanto a Legasea como o Souldough vivem muito a natureza e o campo", explica Duarte Norton dos Reis, responsável pelo Legasea, por email. Por isso, quando o projecto de restauração perdeu o seu espaço na praia — passou pela Aldeia da Praia, em Colares, Sintra; mas também pela Ericeira, na estrada que leva à praia de São Julião —, ponderou se o centro de uma vila movimentada como Cascais seria a melhor opção.

"A primeira reacção, quando abordámos a hipótese de virem [os sócios do projecto] para o centro de Cascais, foi de hesitação. Assim que visitaram o espaço ficaram rendidos. Um espaço no centro de Cascais mas escondido de todas as atenções e confusões com diferentes espaços e diferentes ambientes. Um pequeno oásis com as condições perfeitas para trazer a experiência Souldough", diz Duarte Norton dos Reis.

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E, de facto, o espaço permite criar ambientes diferentes. Há mesas no pátio e no interior do edifício. Há um recanto do pátio, com uma pequena fonte, que fica mais escondido e permite ter mesas de dois, com um ambiente mais calmo e reservado; noutro recanto, é possível juntar mesas para famílias, com miúdos pequenos, ou de amigos, que festejam felizes.

O conceito do Souldough é "juntar as pessoas através das pizzas, alimentar a alma através de boa comida e bom ambiente", continua o sócio fundador do Legasea. Os hóspedes que ficam na guesthouse podem tomar o pequeno-almoço nas mesmas mesas do restaurante.

A ideia é abrir outros espaços, noutros sítios? "De momento o foco está em Cascais. É o new born do Souldough e tem exigido toda a atenção", continua, por e-mail. Contudo, Duarte Norton dos Reis admite que os sócios da Souldough sentem "muita falta" dos clientes de Sintra e da Ericeira.

Mas os mais fiéis seguiram-nos, declara João, um dos empregados de mesa, que já antes tinha estado em Colares. A equipa em que trabalha é sobretudo constituída por estrangeiros, os três sócios não são portugueses — Enrico e Jazz Signoretti, e Tanpreete. Trouxeram com eles uma experiência multicultural que se reflecte nos pratos que apresentam, onde a simples Margherita (11,50€) não é tão simples assim, graças à massa e a ser cozida em forno a lenha, tal como a Pesto Heaven (16€), que, como o próprio nome indica, aposta num pesto divinal (para quem gosta deste tipo de molho italiano feito de manjericão e pinhões).

À mesa, a pizza chega com uma tesoura, que permite cortá-la com eficiência e, não há vergonhas, porque se pode comer com as mãos (e lamber os dedos). O que sobrar, pode pedir para pôr numa caixa e levar para casa. Afinal, a descontracção da praia também chegou à vila.

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A Fugas jantou a convite do Souldough e da Legasea

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