Agentes da PSP vão avaliar cartazes potencialmente ofensivos na JMJ

PSP diz estar a recolher informação sobre grupos que poderão protestar contra a realização da Jornada Mundial da Juventude.

Foto
Dezenas de milhares de jovens católicos já estão em Portugal para participar na JMJ LUSA/MIGUEL A. LOPES
Ouça este artigo
00:00
02:07

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

A avaliação de cartazes potencialmente ofensivos levados para o recinto da Jornada Mundial da Juventude, que serão confiscados, vai ser feita "pelos polícias de serviço", de acordo com "a informação transmitida pelo comandante táctico" no terreno, e segundo princípios de "prudência, razoabilidade e bom senso", explicou ao PÚBLICO o gabinete de imprensa e relações públicas da direcção nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP).

Na sexta-feira, a PSP anunciou que cartazes de grandes dimensões ou com "mensagens ofensivas" e tendas serão alguns dos objectos proibidos nos recintos onde decorrem os eventos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que começa na terça-feira.

"Na entrada dos recintos dos eventos principais estarão afixados cartazes com indicação dos objectos proibidos, sendo que os peregrinos serão submetidos a uma revista de segurança por polícias uniformizados, de forma a evitar a entrada de objectos que possam pôr em perigo a integridade física de outras pessoas ou incitar à violência, como mensagens ofensivas, discriminatórias, xenófobas, racistas ou de intolerância", disse a PSP ao PÚBLICO.

"A PSP irá tomar todas as medidas necessárias para que o evento decorra de forma pacífica, garantidos os direitos e liberdades de todas as pessoas que pretendam assistir aos eventos. Relembramos que se trata de um evento de cariz religioso, direccionado para jovens e famílias, e que se pretende que esteja envolto num ambiente de celebração, pelo que apelamos ao bom senso de todos os participantes", acrescentou aquela força policial.

A PSP acrescentou ainda que recebeu comunicações prévias de vários protestos relacionados com a realização da JMJ, cumprindo os preceitos legais, e que está "a monitorizar fontes abertas de informação, de modo a recolher dados sobre possíveis grupos que se estejam a organizar para se manifestarem".

Na quinta-feira, uma equipa do artista plástico Bordalo II entrou no altar-palco da Jornada Mundial da Juventude, no Parque Tejo, em Lisboa, e desenrolou um tapete com notas de 500 euros, em protesto contra os custos associados à realização do evento católico. O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, disse não se ter tratado de uma "falha", e que o protesto não levanta dúvidas sobre a segurança do evento.

Sugerir correcção
Ler 14 comentários