Juiz Carlos Alexandre ordena novo arresto da pensão de 26 mil euros de Manuel Pinho

Depois de sucessivos “chumbos”, procuradores do Ministério Público usam outro processo para arrestarem pensão de ex-ministro.

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Manuel Pinho recebe 26 mil euros brutos mensais Miguel Manso
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O juiz Carlos Alexandre voltou a ordenar o arresto da pensão de Manuel Pinho. A informação é avançada esta quinta-feira pela SIC, com o canal a adiantar que os procuradores do Ministério Público usaram outro processo para contornar chumbos anteriores a esta tentativa de arresto no âmbito do caso EDP.

O antigo ministro da Economia recebe 26 mil euros brutos de pensão (quase 20 mil euros líquidos) e viu, em 2022, a pensão congelada pela primeira vez. Após o recurso apresentado pela defesa do ex-ministro contra o congelamento da pensão e os despachos relativos às buscas efectuadas na residência de Manuel Pinho – que resultaram na apreensão de vários objectos –, foi devolvida a pensão com retroactivos de 400 mil euros, valor perdido durante o período de congelamento.

Os procuradores não desistiram e arrestaram novamente a pensão, na sequência de um pedido do Ministério Público e de despacho do juiz Carlos Alexandre. A defesa protestou novamente e o arresto seria revogado. A decisão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) deu provimento parcial ao recurso da equipa jurídica do antigo governante, ordenando também a devolução dos bens apreendidos nas buscas domiciliárias – vinhos, uma peça de artesanato, uma máquina de flippers e um saco com tacos de golfe.

A SIC escreve que o magistrado do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) fez o pedido de arresto no inquérito aos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), ainda sem acusação. Além de Pinho, são também arguidos o antigo presidente da EDP, António Mexia, e o seu braço direito, Manso Neto.

Carlos Alexandre não é o magistrado titular do processo, mas, pelo facto de o pedido ter sido endereçado em período de férias judiciais, foi o "super juiz" a decidir. Tinha sido ele a decidir as duas decisões anteriores sobre a pensão do antigo ministro, algo que lhe valeu uma averiguação Conselho Superior da Magistratura (CSM) por não ter acatado as ordens de um tribunal superior.

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