Socialistas disponíveis para estudar mudanças na lei de financiamento dos partidos

“O PS disponibilizou-se” para discutir a lei de financiamento dos partidos a partir de Setembro, disse Brilhante Dias. No entanto, o grupo parlamentar considera que a lei actual “é clara”.

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Lei poderá ser discutida "em Setembro, com o conjunto dos partidos com assento na Assembleia da República", disse Brilhante Dias Daniel Rocha

O líder parlamentar do Partido Socialista manifestou-se esta quarta-feira disponível para discutir eventuais aperfeiçoamentos às leis de financiamento dos partidos e de organização do funcionamento da Assembleia da República a partir de Setembro, ou seja, na próxima sessão legislativa.

Esta posição foi transmitida por Eurico Brilhante Dias em conferência de imprensa, depois de ser questionado sobre a necessidade ou não de uma clarificação em termos legislativos, de forma a evitar que se repitam operações judiciais, como buscas domiciliárias e a sedes de partidos, como aconteceu com o PSD na semana passada.

Essa operação judicial, considerada desproporcionada e injustificada por representantes de diferentes forças políticas, foi desencadeada, alegadamente, por dúvidas que se fundaram numa hipotética necessidade de separação entre actividades partidária e parlamentar por parte de elementos de grupos parlamentares.

De acordo com Eurico Brilhante Dias, a questão do esclarecimento da lei foi suscitada pelo Presidente da República, embora o PS considere que "a lei é clara".

"O PS cumpre quer a lei de financiamento dos partidos, quer a lei de organização e funcionamento da Assembleia da República. Contudo, perante a ideia de que é útil um esclarecimento ou clarificação, nessa medida o PS disponibilizou-se para essa discussão. Não para já, mas em Setembro, com o conjunto dos partidos com assento na Assembleia da República", declarou o líder da bancada socialista.

Em relação a um eventual pedido no sentido de que a Procuradora Geral da República, Lucília Gago, preste esclarecimentos sobre a operação judicial que visou o PSD, o presidente do grupo parlamentar do PS admitiu essa possibilidade "para tranquilidade de todos". Ou seja, Lucília Gago deverá esclarecer "aspectos que possam ter causado maior alarme", concluiu.