A nação ansiosa que vive no Estado das contas certas

Portugal vive a melhor fase económica e financeira em muitos anos. Mas os casos e “casinhos”, a turbulência política, as greves ou a carestia põem a nação entre a angústia e o descontentamento.

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O Parlamento debate esta quinta-feira o estado da nação Nuno Ferreira Santos
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Se o estado da nação dependesse apenas dos indicadores da economia, das contas públicas ou do desemprego, o debate que se anuncia na Assembleia da República poderia acabar com champanhe e foguetes: há décadas que os indicadores não são tão favoráveis como os actuais. Infelizmente, porém, a “nação” faz-se e vive-se com outras realidades e aí a festa, no mínimo, esmorece. Greves sucessivas, um clima político crispado, um governo acossado por casos ou por “casinhos”, a ameaça da crise climática que põe 36% do país sob seca extrema ou severa, a degradação dos serviços públicos, os choques de uma sociedade cada vez mais internacionalizada, ou o custo da habitação diluem o sinal verde do défice, da dívida ou das exportações. O Estado está mais sólido; a nação, nem tanto.

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