Na terra da abundância: um roteiro em redor de Póvoa de Lanhoso

Entre o Cávado e o Ave, mora um território carregado de história, de tradição e de sabor apurado, com vinhos e praias fluviais que ajudam a refrescar dias quentes.

Anna Costa - 19 de Junho de 2023 - Praia Fluvial Cavadinho - Solar da Pena Enologo Nuno Batista
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Praia Fluvial Cavadinho - Nuno Batista, enólogo do Solar da Pena Anna Costa
Anna Costa - 05 de Julho de 2023 - Museu do Ouro - Travassos
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Museu do Ouro, em Travassos (Póvoa de Lanhoso) Anna Costa
Anna Costa - 06 de Julho de 2023 - Povoa de Lanhoso - Restaurante o Victor
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Restaurante O Victor, em São João de Rei (Póvoa de Lanhoso) Anna Costa
Anna Costa - 05 de Julho de 2023 -Villa Beatriz
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Quinta Villa Beatriz (Póvoa de Lanhoso),Quinta Villa Beatriz (Póvoa de Lanhoso) Anna Costa,Anna Costa
Anna Costa - 05 de Julho de 2023 - Quinta das Areias / Solar da Pena
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Prova de vinhos na Quinta das Areias / Solar da Pena (Braga) Anna Costa
Anna Costa - 05 de Julho de 2023 - Povoa de Lanhoso - Castelo
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Castelo de Póvoa de Lanhoso Anna Costa
Anna Costa - 06 de Julho de 2023 - Povoa de Lanhoso - Restaurante o Victor
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Restaurante O Victor, em São João de Rei (Póvoa de Lanhoso) Anna Costa
Anna Costa - 05 de Julho de 2023 - Povoa de Lanhoso - Rota Maria da Fonte - trilho moinhos pontido
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Percurso pedestre Rota Maria da Fonte / trilho Moinhos do Pontido (Póvoa de Lanhoso) Anna Costa
Anna Costa - 05 de Julho de 2023 - Quinta das Areias / Solar da Pena
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Quinta das Areias Wine Country House (Braga) Anna Costa
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Agregadas a várias casas de habitação, ainda existem umas quantas oficinas de ourivesaria em laboração. Noutros tempos eram bem mais, repara Manuel Sousa, descendente de várias gerações de ourives e actual director do Museu do Ouro, em Travassos. Esta é uma das duas freguesias da Póvoa de Lanhoso que conta com longa tradição na arte da filigrana – a outra é Sobradelo da Goma.

Desde 2001 que o Museu do Ouro ajuda a contar a história de uma arte que se perde no tempo e que acaba de ser inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. No caso de Manuel Sousa, o saber fazer já vem do tetravô, mas foi a curiosidade do pai que permitiu à família abrir este espaço dedicado ao trabalho do ouro. “Ele foi juntando várias peças com o objectivo de fazer um museu e quando reconstruímos esta casa, que tinha sido oficina até ao século XVIII, decidimos cumprir o sonho do nosso pai”, explica.

No primeiro andar, recria-se “uma oficina de ourivesaria, tal como era nos anos 1950”. “Tinha a zona de fabrico e a forja, um local que estava sempre fechado à chave pois era onde se guardavam os produtos perigosos, como o mercúrio. Era habitual as crianças virem aprender o ofício quando terminavam a escola”, conta Manuel, ele que também passou parte da infância de volta dos ourives da família.

Não viria a seguir-lhes as pisadas, mas também não se afastou por completo. Enquanto arquitecto paisagista já teve oportunidade de desenvolver o projecto da rotunda, na EN 103, decorada com contas de olho de perdiz, mais conhecidas como contas de Viana. “Isto é como o vinho do Porto. A cidade do Porto nunca o produziu, mas é a grande montra”, atira, sublinhando que Póvoa de Lanhoso, juntamente com Gondomar, são os grandes centros de produção do “ouro de Viana”.

Além dos utensílios de ourives, na sala de exposição permanente do Museu do Ouro pode-se também apreciar umas quantas relíquias, peças que o pai de Manuel foi criando ou comprando ao longo da vida. Entre elas, “aquela que é a primeira peça em ouro da Península Ibérica, com 6000 anos”, assim como “moedas do período romano” e “cruzes de ouro que pertenceram ao Santo Ofício”.

Na vizinhança do museu, persistem vários exemplos de que a arte da filigrana também faz parte do presente. É o caso da Ouronor, que faz chegar a ourivesaria da Póvoa de Lanhoso a vários pontos do país (e não só). “No tempo do meu pai, só fazíamos terços em prata, mas as coisas foram evoluindo e hoje fazemos jóias dos 5 euros aos 50 mil euros”, observa Álvaro Freitas. Parte do catálogo é preenchido com peças de filigrana em prata e ouro, asseguradas, essencialmente, por dois funcionários especializados. Abel e Gabriel Brás são gémeos e trazem a arte no sangue. “Aprendi com os meus tios”, testemunha Abel, sem desviar o olhar da medalha que está a soldar.

Manuel Sousa é o director do Museu do Ouro, em Travassos, que ocupa o espaço da antiga oficina da família. Anna Costa
“Isto é como o vinho do Porto”, compara Manuel Sousa, director do Museu do Ouro. Tal como “a cidade do Porto nunca o produziu, mas é a grande montra”, boa parte do “ouro de Viana” é produzido em Póvoa de Lanhoso. Anna Costa
A Ouronor é uma das oficinas de ourivesaria que mantêm viva a tradição da filigrana em Travassos (Póvoa de Lanhoso). Anna Costa
“No tempo do meu pai, só fazíamos terços em prata, mas as coisas foram evoluindo e hoje fazemos jóias dos 5 euros aos 50 mil euros”, observa Álvaro Freitas, proprietário da Ouronor. Anna Costa
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Manuel Sousa é o director do Museu do Ouro, em Travassos, que ocupa o espaço da antiga oficina da família. Anna Costa

Nem todos os tesouros são de ouro

Importa notar que a mestria, em Póvoa de Lanhoso, não se resume ao trabalho do ouro. Ela transborda também para outras áreas, e o vinho fica de exemplo. Na freguesia de Santo Emilião, na margem do Ave, os portões da Quinta Villa Beatriz abrem-se aos visitantes para dar a conhecer as vinhas e a adega da propriedade que começou a comercializar vinho em 1991, por iniciativa do pai de Anabela e Alexandra Guimarães.

“Ele gostava muito de vinho e desta propriedade, que era da família da minha mãe”, vinca Anabela, a propósito da razão de ser dos vinhos Quinta Villa Beatriz. Ao legado deixado pelo pai – as referências Quinta Villa Beatriz e Terras de Lanhoso, ambos brancos –, acrescentaram um monocasta de loureiro, assegurando uma produção anual “entre as 80 mil e as 100 mil garrafas”.

O palacete foi mandado erguer pelo bisavô das irmãs Alexandra e Anabela Guimarães, que nesta imagem ladeiam Carmen Dolores, mãe de ambas. Anna Costa
A Quinta Villa Beatriz, em Santo Emilião (Póvoa de Lanhoso), foi cenário do filme "Espelho Mágico", de Manoel de Oliveira. Anna Costa
A beleza exterior é uma pequena amostra do que a Villa Beatriz preserva lá dentro. Madeiras nobres, paredes pintadas à mão e tectos trabalhados dominam o cenário. Anna Costa
O portefólio da Quinta Villa Beatriz tem três referências, todas de brancos, incluindo um monocasta de loureiro. Anna Costa
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O palacete foi mandado erguer pelo bisavô das irmãs Alexandra e Anabela Guimarães, que nesta imagem ladeiam Carmen Dolores, mãe de ambas. Anna Costa

A cada visita, há muito mais para descobrir para além do vinho. Começando pelo esplendoroso palacete oitocentista, de quatro torres, que sobressai entre a paisagem. Foi mandado construir pelo bisavô das irmãs Guimarães, em honra da sua noiva Beatriz, que morreu antes de chegar a habitá-lo.

A beleza exterior é uma pequena amostra do que a casa preserva lá dentro, isto a avaliar pelas divisões dadas a conhecer durante as provas. Madeiras nobres, paredes pintadas à mão e tectos trabalhados dominam o cenário que muitos poderão reconhecer do grande ecrã: foi ali que Manoel de Oliveira rodou Espelho Mágico (2005). Anabela e Alexandra lembram-se bem da azáfama que, nessa altura, tomou conta da propriedade de 50 hectares – propriedade essa que têm, actualmente, à venda. “Ele [Manoel de Oliveira] tinha uma energia esgotante”, recordam, em jeito de prelúdio para um passeio ao longo das vinhas da propriedade.

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Ao entrar na Quinta Villa Beatriz, salta à vista o palacete oitocentista que dá nome à propriedade. Anna Costa

Mergulhos na praia e brindes junto à vinha

Em época de veraneio, com os termómetros a marcarem próximo dos 30 graus, torna-se obrigatório procurar água fresca e um bom lugar à sombra. E Póvoa de Lanhoso, situada que está entre o Cávado e o Ave, não se pode queixar de falta de opções para ir a banhos. Um local à beira-rio merece honras de destaque: a praia fluvial de Verim, no Cávado, a 10 quilómetros do centro da vila, e que tem merecido o Galardão Qualidade de Ouro, atribuído pela Quercus.

Na tarde tórrida de final de Primavera em que decorreu esta reportagem, apresentava-se como o local perfeito: água transparente e espaço mais do que suficiente para estender a toalha ao sol ou à sombra. “Esta praia é top. A água é muito boa, tem sombra e nesta altura é sossegada”, garantiam João Matos e Miguel Gomes, sem esconder que já lhes aconteceu chegar ali em Agosto e dar meia volta. “Nem lugar havia para estacionar.”

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A praia fluvial de Verim, a 10 quilómetros do centro de Póvoa de Lanhoso, é detentora do Galardão Qualidade de Ouro. Anna Costa

Não é difícil, nem é preciso percorrer muita estrada, para encontrar um espaço que viva alheio a esses congestionamentos de pico de Verão. Bastam uns 15 minutos de condução para alcançar, no município vizinho de Braga, a Quinta das Areias Wine Country House, que faz parte do grupo Solar da Pena. Conta com cinco quartos, um sequeiro tradicional do Minho transformado em suite familiar, um bungalow com banheira de hidromassagem na varanda, e piscina e jardim no exterior.

Tudo isto tem vista para a vinha, que vai descendo até ao Cávado, rio que “ladeia a propriedade em duas partes, a Norte e a Este”. O enquadramento é providenciado pelo enólogo Nuno Batista, como prelúdio para a prova dos vinhos que nascem na propriedade.

“Quero ter o melhor produto da zona Norte”, afirma José Correia, o empresário bracarense que cresceu a ver os pais a produzirem vinho, ainda que em pequena quantidade. Ficou o bichinho, comprou uma quinta e, a esta altura, já tem 30 hectares de vinha plantada, com a perspectiva de chegar aos 50. Em simultâneo, está a desenvolver a vertente do enoturismo. Além da expansão da Quinta das Areias, tem em mãos o projecto para a criação de um hotel de charme no Solar da Pena, que, reza a história, “foi morada de uma série de personalidades notáveis da cavalaria medieval portuguesa”.

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Anna Costa
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Feitas as apresentações, é tempo de provar os néctares da casa, que só usa “uvas próprias”, das quais “87% são de castas autóctones da região dos Vinhos Verdes”, destaca o enólogo. As honras de abertura ficam por conta da referência Folclore, que só usa “castas autóctones e faz uma aproximação mais tradicional ao Vinho Verde”. Talvez pelo calor que se faz sentir, o Rosé 2021 (com padeiro e padeiro de Basto), cai como um bálsamo. “É um rosé fresco e leve, nada exuberante, o chamado ‘rosé de piscina’”, nota Nuno Batista.

Já na gama Solar da Pena – que, assume o enólogo, traduz algumas “experiências diferentes de vinificação” – o Arinto 2021 concentra as atenções, pela “mineralidade, frescura e tropicalidade”, a par com o espumante Solar da Pena Bruto Reserva 2020, que “fica um ano em estágio, não tem açúcar nenhum e é perfeito para acompanhar refeições”.

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“Quero ter o melhor produto da zona Norte”, afirma José Correia, o empresário bracarense que comprou a Quinta das Areias com o sentido no vinho e no enoturismo. Anna Costa

O vinho, é sabido, abre o apetite. É, portanto, sem sacrifício que se segue daqui para a mesa. No restaurante Augusta, em Braga, reina a cozinha tradicional portuguesa. O bacalhau à Augusta reparte a fama com o cabritinho assado no forno e o roast-beef grelhado, antecedidos por petiscos não menos tentadores, como as pataniscas d’avó, o folhado de alheira em cama de legumes ou o estaladiço de queijo com ervas aromáticas. E nas sobremesas, bem, nas sobremesas, há que mencionar o pudim abade de Priscos, o leite-creme torrado e a trouxa cremosa, para não desfiar toda a lista.

Por detrás de cada prato, está toda uma herança familiar. “Começou com o meu pai, que foi chefe de cozinha durante muitos anos e esteve no Gambrinus, em Lisboa, e no Hotel Baleeira, e a minha mãe, que abriu um restaurante em Vila Verde”, revela Custódia Torres, a quem coube gerir e cozinhar neste que é um dos quatro restaurantes da família (têm também O Pórtico, no Bom Jesus, o Torres, em Famalicão, e o Torres Vila Verde). Só no Augusta, já contam com 25 anos de história, pautada pela procura constante “dos melhores produtos e fornecedores”.

A família Torres tem quatro restaurantes, todos sinónimo de boa mesa na região. À frente do Augusta, em Braga, está Custódia Torres. Anna Costa
A anteceder sucessos de longa data como o bacalhau à Augusta ou o roast-beef grelhado, chegam à mesa petiscos não menos tentadores, como as pataniscas d’avó. Anna Costa
O restaurante Augusta é um clássico de Braga e soma já 25 anos de vida. Anna Costa
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A família Torres tem quatro restaurantes, todos sinónimo de boa mesa na região. À frente do Augusta, em Braga, está Custódia Torres. Anna Costa

Da estátua da Maria da Fonte ao castelo

Novo dia, novas propostas de descoberta, mais uma vez tendo a Póvoa de Lanhoso como destino. Bem vistas as coisas, seria erro capital andar na terra que viu nascer Maria da Fonte e não lhe dedicar parte do roteiro. E oportunidades não faltam, inclusive sob a forma de percurso pedestre.

O trilho Maria da Fonte parte do Parque do Pontido, espaço verde no centro da vila propício a passeios, e segue em direcção à igreja românica de Fontarcada, monumento intimamente ligado à revolta de 1846 liderada pela heroína popular – foi ali que aconteceram os primeiros confrontos que marcaram o início da revolução. Para que a história nunca seja esquecida, ali está, diante da igreja, uma estátua em sua homenagem. Para aprofundar a aula de história, o melhor é visitar o Centro Interpretativo Maria da Fonte, no centro da vila.

Castelo de Póvoa de Lanhoso Anna Costa
Parque do Pontido, parte do percurso do Trilho Maria da Fonte (Póvoa de Lanhoso) Anna Costa
Sala de espectáculos do Theatro Club, Póvoa de Lanhoso Anna Costa
Rota Maria da Fonte, Póvoa de Lanhoso Anna Costa
A rocha do pilar, da pastelaria Maria da Fonte, é o doce oficioso de Póvoa de Lanhoso. Anna Costa
Monumento a Maria da Fonte, Póvoa de Lanhoso Anna Costa
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Castelo de Póvoa de Lanhoso Anna Costa

Mesmo ao lado deste espaço de memória fica o Theatro Club, também ele uma cápsula do tempo: a sala de espectáculos, inaugurada em 1904, preserva no seu pequeno auditório (120 lugares) as paredes e os tectos pintados à mão. No rés-do-chão, onde outrora estiveram alojados os bombeiros locais, funciona uma galeria de arte municipal, cujas paredes vão dando visibilidade ao trabalho de artistas locais.

No passeio pelo centro, justifica-se, também, uma paragem na Sala de Interpretação da Filigrana, instalada no posto de turismo municipal, e um ligeiro desvio até à Pastelaria Maria da Fonte para provar uma rocha do Pilar. Terra que se preze tem o seu próprio doce. Esta evocação da pedra granítica do Santuário de Nossa Senhora do Pilar, feita de ovos, açúcar e amêndoas, foi criada há três décadas pelo dono da pastelaria.

António Mendes garante que só ele e o filho mais novo conhecem em pormenor a receita desta gulodice que, promete, “vale por não ser exageradamente doce”. A prova confirma-o. Estão repostas as forças para subir ao alto do santuário e do Castelo da Póvoa de Lanhoso, antes – ou depois – de visitar outra capelinha da boa mesa local.

Um restaurante de interesse público

Se há casas que mereciam reconhecimento como restaurantes de interesse público, O Victor faz sem dúvida parte desse lote. As boas-vindas estão por conta do anfitrião que lhe dá nome, Victor Peixoto, que aos 85 anos faz questão de receber os clientes como quem recebe amigos. Por aquela casa de pedra na aldeia de São João de Rei já passaram várias gerações de clientes, “do bisavô ao bisneto”, revela.

O segredo? “A simplicidade e a forma de receber as pessoas”, acrescenta o homem que em 1971 transformou em restaurante a mercearia/tasquinha do pai, negócio que já estava de portas abertas desde 1935. O bacalhau assado na brasa começou por ser logo a grande especialidade, tanto mais porque ele já era produto-rei na mercearia do pai.

Em poucos minutos, a mesa enche-se de coisas boas: bolinhos de bacalhau, presunto, chouriça assada e broa para entrada. A carta não é muito extensa, mantendo o foco nas especialidades da casa – além do bacalhau, há camarão grelhado, costeleta de vitela com batatas a murro e, por encomenda, cabrito.

A grande posta dourada, servida em travessa de barro e acompanhada do vinho da casa (Quinta Villa Beatriz) enche os olhos e também o estômago. “É bacalhau de qualidade superior e, claro está, bom azeite, sempre do Douro ou do Alentejo”, desvenda Victor Peixoto, por entre uma das suas passagens pelas mesas. À frente da casa já vão estando as suas duas filhas, Angelina Pereira e Olga Peixoto, mas ele não abdica de dar uma ajuda – “o contacto com os clientes faz-me bem”, assegura. Para encerrar em grande, um leite-creme queimado na hora e fiel à receita que Victor Peixoto herdou da mãe.

Restaurante O Victor, em São João de Rei (Póvoa de Lanhoso) Anna Costa
Restaurante O Victor, em São João de Rei (Póvoa de Lanhoso) Anna Costa
Restaurante O Victor, em São João de Rei (Póvoa de Lanhoso) Anna Costa
Restaurante O Victor, em São João de Rei (Póvoa de Lanhoso) Anna Costa
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Restaurante O Victor, em São João de Rei (Póvoa de Lanhoso) Anna Costa

Já com o GPS orientado para a viagem de regresso, uma última e breve paragem em Braga para conhecer a novíssima garrafeira The Winer’s Circle, que tem ao leme a enóloga Sara Baptista e o marido, Luís Pereira. Mais do que uma ampla e moderna loja de vinhos, a The Winer’s Circle pretende ser um local privilegiado para a “promoção de partilha de conhecimento sobre o vinho”, vinca a enóloga, convicta de que “um consumidor bem informado é sempre um melhor consumidor”.

Os workshops, tertúlias e provas vão acontecendo com uma cadência regular, sem descurar “os pequenos produtores e projectos diferenciadores”. Uma das iniciativas mais recentes foi dedicada aos vinhos Terrunho, de Monção, e certamente planos e propostas não faltam para os próximos meses.

Fica a promessa de um regresso – não só à The Winer's Circle, mas a todo este território, que engana pela curta dimensão geográfica. Vai-se a ver e um fim-de-semana não chega para lhe tomar o pulso. Fica sempre alguma coisa por descobrir. E também isso vale ouro.

Mais do que uma ampla e moderna loja de vinhos, a The Winer’s Circle, em Braga, pretende ser um local privilegiado para a “promoção de partilha de conhecimento sobre o vinho”. Anna Costa
A enóloga Sara Baptista e o marido, Luís Pereira, são as caras por detrás da novíssima garrafeira The Winer's Circle, em Braga. Anna Costa
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Mais do que uma ampla e moderna loja de vinhos, a The Winer’s Circle, em Braga, pretende ser um local privilegiado para a “promoção de partilha de conhecimento sobre o vinho”. Anna Costa

Este artigo foi publicado no n.º 9 da revista Singular.
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