Dezenas de ruas de Lisboa fechadas e condicionadas durante Jornada da Juventude. Veja quais
Nos dias 1, 3 e 4 de Agosto não vai haver circulação rodoviária entre o Parque Eduardo VII e o Terreiro do Paço.
Uma parte da cidade de Lisboa vai ser encerrada ao trânsito durante uma boa parte da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que terá lugar entre os dias 1 e 6 de Agosto, e haverá ainda muitas zonas da cidade com restrições.
Segundo um documento da Câmara Municipal de Lisboa (CML), revelado numa reunião preparatória da JMJ e que antecipa o plano de mobilidade do Governo, haverá uma parte da cidade que integra a chamada “zona vermelha”, onde a restrição de circulação será total durante três dias; uma “zona amarela”, com restrição fortemente condicionada à circulação rodoviária, sendo recomendada a circulação nesta zona apenas em determinadas condições, e uma “zona verde”, onde a restrição será condicionada.
A “zona vermelha” vai cortar nos dias 1, 3 e 4 de Agosto, os primeiros dias da jornada, uma zona que vai do Parque Eduardo VII ao Terreiro do Paço. Vai ser impedida a circulação nas seguintes ruas e avenidas: Rua Castilho, Rua Joaquim António de Aguiar, Rua Marquês da Fronteira, Av. António Augusto de Aguiar, Av. Fontes Pereira de Melo, Praça Marquês Pombal (rotunda interna), Av. da Liberdade (vias centrais), Praça dos Restauradores, Praça D. Pedro IV (Rossio), Rua da Betesga, Rua da Prata, Rua da Alfândega, Campo das Cebolas, Av. Infante D. Henrique. Praça do Comércio, Av. Ribeira das Naus, Largo do Corpo Santo, Rua do Arsenal, Praça do Município, Largo de S. Julião, Rua Nova do Almada, Rua do Carmo, Rua 1.º de Dezembro (Rossio).
Nos dias 5 e 6 de Agosto, a “zona vermelha” passa para a zona ribeirinha da cidade, ficando cortado o Passeio do Tejo para norte e da Rua Príncipe do Mónaco para norte; Passeio dos Heróis do Mar, a partir das anteriores (para norte); Via do Oriente; Rua do Prof. Picard, Rua Chen He, Rua do Reno, Rua do Sena, Rua do Tamisa, Rua do Tibre, Rua do Volga, Rua do Danúbio, Rua do Oder, Rua do Ebro e Rua Capitão Cook; Rua Roald Amundsen e Praça de Gago Coutinho; Rua da Cotovia/ Passeio do Trancão; e Itinerário Complementar n.º 2 (IC2).
A “zona amarela”, bem mais alargada do que a “vermelha”, vai abranger uma grande parte da cidade. Nesta zona apenas está garantida a circulação de residentes; trabalhadores com declaração da entidade patronal; cargas e descargas das 24h às 7h (com excepção de medicamentos urgentes, carrinhas de valores, segurança privada, outras devidamente validadas no local pela PSP). As ruas estarão abertas, entre as 7h e as 10h, para transportes abaixo das 3,5 toneladas; avenças de parques de estacionamento públicos; TVDE e tuk-tuks; transportes públicos (táxis, Carris e Transportes Metropolitanos de Lisboa). Bicicletas (incluindo Gira) e trotinetes não poderão circular para e no interior do perímetro da “zona amarela”. No dia 6 de Agosto, esta zona estende-se ao Passeio Marítimo de Algés.
Já na “zona verde”, que abrange quase toda a cidade, é possível a circulação sem qualquer tipo de controlo. No entanto, por motivos de congestionamento, alguns eventos associados à JMJ 2023 e circulação pedonal mais intensa, em determinados períodos do dia poderá haver cortes pontuais.
A CML diz que o documento agora conhecido reporta a acessibilidade às zonas de Lisboa que serão palco dos eventos principais da Jornada Mundial da Juventude e identifica os perímetros de segurança dos recintos identificados pela PSP.
“A CML não vai fechar ruas da cidade, nem tem essa competência. Também, como está claro no documento, a circulação pedonal não estará nunca afectada. Trabalhadores, moradores, turistas e peregrinos circularão por todas as artérias da cidade de Lisboa”, diz uma nota da autarquia enviada ao PÚBLICO.
Da mesma forma, acrescenta, “o documento garante que todos os sectores da economia da cidade funcionarão”: “Os condicionamentos apresentados resultam do tráfego pedonal de peregrinos no acesso ao Parque Eduardo VII (1, 3 e 4 de Agosto) e no acesso ao Parque Tejo (5 e 6 de Agosto). Assim, a câmara, em conjugação com a PSP, definiu um conjunto de medidas que garantem que a cidade e os seus operadores económicos não vão parar”.
A autarquia dá como exemplo “a criação de duas janelas horárias para o abastecimento de todos os estabelecimentos, quer em horário nocturno (das 0h às 7h), quer na manhã dos eventos em que o abastecimento poderá acontecer entre as 7h e as 10h”.
“Os mesmos condicionamentos garantem a circulação de veículos de emergência, transporte de medicamentos, transporte de pessoas com mobilidade reduzida, acesso a assistência médica mesmo nos momentos em que os eventos acontecem. Fora do horário dos eventos principais, acima referidos, o acesso automóvel a moradores e trabalhadores não será afectado”, conclui.
O Plano de Mobilidade e Transporte vai ser apresentado nesta sexta-feira pelo Grupo de Projecto para a JMJ, liderado por José Sá Fernandes (nomeado pelo Governo). A divulgação deste plano está atrasada mais de um mês, o que tem estado na origem de várias críticas que têm sido feitas ao grupo de trabalho.