Putin repete que a Rússia está unida e estável

Presidente russo agradeceu “apoio” e pediu maior cooperação económica aos aliados da Organização para a Cooperação de Xangai.

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Putin intervém na cimeira virtual ALEXANDER KOZAKOV/SPUTNIK/KREMLIN POOL/POOL/EPA
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Abortada a rebelião do grupo Wagner no último fim-de-semana de Junho, o Presidente da Rússia declarou novamente nesta terça-feira que o país está estável e unido. Numa videochamada com líderes políticos da Organização para a Cooperação de Xangai, onde têm assento alguns dos seus aliados, Vladimir Putin assegurou que “o povo russo está mais coeso do que nunca”.

Perante chefes de Estado e de Governo da China, do Cazaquistão, do Tajiquistão, da Quirguízia, do Uzbequistão, da Índia e do Paquistão, que integram a organização, Putin agradeceu o “apoio” que estes países lhe demonstraram na sequência da tentativa de rebelião.

“Os círculos políticos russos e toda a sociedade demonstraram claramente a sua unidade e o alto sentido de responsabilidade pelo destino da pátria quando responderam como uma frente unida contra uma tentativa de insurreição armada”, declarou o Presidente russo, segundo a Reuters.

Putin também comunicou aos aliados que a Rússia “continua a resistir” às “pressões externas”, às “sanções” e “provocações” ocidentais. Mas o rublo está nos seus valores mais baixos face ao dólar e ao euro desde o início da guerra na Ucrânia e o chefe de Estado russo pediu aos seus homólogos que se fortaleçam as relações comerciais e económicas entre os países que integram a organização.

Na reunião por videoconferência tomaram parte também a Bielorrússia e a Mongólia, que têm estatuto de observadores, e o Irão, que passará a ser membro efectivo do clube. Depois da normalização das relações diplomáticas com a Arábia Saudita, com a mediação da China, este é mais um passo de Teerão para reduzir o seu isolamento internacional e não deverá ser o único: o regime está igualmente empenhado em ter assento no grupo dos BRICS.

A Organização para a Cooperação de Xangai é presidida este ano pela Índia, que também preside ao G20 e acolherá, em Setembro, uma cimeira de líderes em que podem vir a participar Putin, Xi Jinping e Joe Biden.

“Somos capazes de enfrentar os desafios modernos? Está a organização a tornar-se um grupo completamente preparado para o futuro?”, questionou o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, na abertura da reunião, destacando as crises alimentar, de combustíveis e fertilizantes como as mais desafiantes.

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