Euribor sobem em todos os prazos e taxa de 12 meses supera os 4%

Aviso do Banco Central Europeu de que vai subir, pelo menos mais uma vez, as taxas directoras alimenta novos aumentos do custo do dinheiro no mercado interbancário.

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Custo dos empréstimos à habitação associados à Euribor continua a subir Nelson Garrido
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Mais do que a subida das taxas directoras em 0,25 pontos percentuais, o Banco Central Europeu (BCE) revelou nesta quinta-feira que o processo de agravamento do preço do dinheiro para baixar a inflação ainda não tinha terminado. A sinalização de pelo menos mais uma subida de taxas de juro explica o pequeno “salto” verificado nas taxas Euribor, na sessão desta sexta-feira, com subidas em todos os prazos, que no caso do prazo a 12 meses superou a barreira dos 4%.

O prazo mais longo da Euribor, que actualmente está presente em cerca de 40% dos empréstimos à habitação, foi o que mais subiu, fixando-se em 4,020%, mais 0,055 pontos do que na quinta-feira e um novo máximo desde Dezembro de 2008.

A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,757% em Abril para 3,862% em Maio, mais 0,103 pontos.

A Euribor a seis meses subiu para 3,822%, mais 0,004 pontos do que na sessão anterior e um novo máximo desde Dezembro de 2008.

A média da Euribor a seis meses subiu de 3,516% em Abril para 3,682% em Maio, mais 0,166 pontos.

A Euribor a três meses, que esta semana quebrou a barreira dos 3,5%, agravou a subida para 3,572%, mais 0,025 pontos, e também um novo máximo desde Dezembro de 2008.

A média da Euribor a três meses subiu de 3,179% em Abril para 3,372% em Maio, ou seja, um acréscimo de 0,193 pontos percentuais.

As Euribor têm acompanhado a subida das taxas directoras do BCE, que nesta quinta-feira decidiu o oitavo agravamento, em menos de um ano, colocando os custos de financiamento ao nível mais elevado dos últimos 22 anos.

Com o novo agravamento, a taxa de juro de depósitos, que constitui actualmente a principal referência para os custos de financiamento na zona euro, passou de 3,25% para 3,5%, mais quatro pontos percentuais face ao valor negativo observado em Julho do ano passado, quando começou a subir as taxas. ​

A preocupação do BCE é controlar a subida de preços dos bens e serviços, que na média da zona euro estagnaram em Maio, face a Abril, reduzindo a taxa de inflação homóloga (a variação dos preços em Maio deste ano face ao mesmo mês do ano passado) de 7% para 6,1%. Ainda assim, permanece longe do objectivo de médio prazo do BCE, que é de 2%.

As Euribor são fixadas a partir das taxas de juro que um conjunto alargado de bancos está disponível para emprestar dinheiro entre si. ​Com Lusa

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