Campos alagados, casas submersas: veja o antes e o depois da explosão na barragem ucraniana
Destruição de barragem afectou mais de 80 localidades. Dimensão dos prejuízos é perceptível nas imagens de satélite antes e após a explosão na barragem.
Mais de 80 vilas e povoações foram inundadas e 42 mil pessoas estão em risco após a destruição da barragem da central hidroeléctrica de Kakhovka, a 60 quilómetros da região de Kherson.
A dimensão dos danos é facilmente perceptível pela comparação das imagens de satélite captadas antes e após a explosão na barragem. A paisagem foi completamente alterada em muitas zonas, com campos alagados e ruas intransitáveis, não tendo sido ainda avançado uma estimativa para os prejuízos. Há ainda casas submersas nas regiões mais próximas da barragem.
Há pelo menos sete pessoas desaparecidas, mas os Estados Unidos temem que a tragédia tenha resultado em "muitas mortes", com as equipas de socorro a concentrarem-se nas áreas mais afectadas. Só no jardim zoológico da cidade de Kakhovka, morreram mais de 300 animais, com as condições do espaço a impossibilitar a evacuação.
Foram requisitados veículos ligeiros e comboios, de modo a agilizar o transporte das populações afectadas para áreas seguras. Outra das preocupações prende-se com a central nuclear de Zaporijjia, dependente do reservatório da barragem para o arrefecimento dos reactores. Para já, não há perigo imediato, com a central a ter ainda uma reserva de um outro curso de água que pode satisfazer esta necessidade nos próximos meses.
Na manhã desta quarta-feira, os dados apontavam para mais de 1300 habitações inundadas. Em Kakhovka, o nível das águas subiu dez metros. Em Kherson, a mais de meia centena de quilómetros, a subida foi de 3,5 metros, com relatos de pessoas com divisões de casas completamente submersas.
Kiev e Moscovo culpam-se mutuamente. Enquanto a Ucrânia acusa a Rússia de cometer um crime de guerra, o Kremlin diz que esta foi a maneira encontrada pelo inimigo de desviar as atenções da contra-ofensiva nas linhas da frente.
Foram requisitados veículos ligeiros e comboios, de modo a agilizar o transporte das populações afectadas para áreas seguras. Outra das preocupações prende-se com a central nuclear de Zaporijjia, dependente do reservatório da barragem para o arrefecimento dos reactores. Para já, não há perigo imediato, com a central a ter ainda uma reserva de um outro curso de água que pode satisfazer esta necessidade nos próximos meses.