10 de Junho: Marcelo defende afirmação marítima do país e mais investimento militar
“Foi através do mar que Portugal construiu a sua identidade, e foi com as armadas de então que se estabeleceram laços que ainda hoje perduram em todas as latitudes”, disse o Presidente da República.
O Presidente da República defendeu esta segunda-feira na Cidade do Cabo que Portugal deve afirmar-se "como um dos maiores países marítimos do mundo" e investir mais na Armada e nas Forças Armadas em geral.
Marcelo Rebelo de Sousa falava numa cerimónia a bordo do navio-patrulha Setúbal, da Marinha portuguesa, atracado na Cidade do Cabo, primeiro ponto do programa de celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas na África do Sul.
Num discurso perante os marinheiros do navio Setúbal e do submarino Arpão, que se encontra também na Cidade do Cabo, o chefe de Estado e comandante supremo das Forças Armadas referiu que ali perto fica o cabo da Boa Esperança, antes denominado cabo das Tormentas, e recordou o feito do navegador português Bartolomeu Dias, que o dobrou em 1488.
"Foi através do mar que Portugal construiu a sua identidade, e foi com as armadas de então que se estabeleceram laços que ainda hoje perduram em todas as latitudes. É esse mesmo mar que nos impele hoje a ver Portugal não enquanto um país periférico da Europa mas antes como uma nação central do Atlântico", disse.
Segundo o Presidente da República, "Portugal deve, por isso, sempre pugnar pela sua afirmação como um dos maiores países marítimos do mundo, olhando o mar de forma renovada, continuando a elevá-lo dia após dia a componente essencial do seu desígnio de sempre, e, portanto, do futuro de sucessivas gerações".
"Faz sentido reafirmar, e reafirmar reiteradamente, aquilo que todos comungamos: a necessidade imperiosa de investimento permanente nas capacidades e equipamentos militares, mas também na valorização do papel dos militares na sociedade, nas suas carreiras, nos seus regimes de prestação de serviço e seu sistema estatutário e retributivo", acrescentou.
Estavam presentes nesta cerimónia a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general José Nunes da Fonseca, e o chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Henrique Gouveia e Melo.