Prisão perpétua para empresário envolvido no assassínio do Presidente do Haiti
Rodolphe Jaar, um dos 11 acusados por envolvimento na morte de Jovenel Moïse em 2021, foi considerado culpado por um Tribunal americano.
Um empresário com dupla cidadania, chilena e haitiana, foi condenado a uma pena de prisão perpétua por um tribunal dos Estados Unidos, por três crimes relacionados com o assassínio, em 2021, do então Presidente do Haiti, Jovenel Moïse.
Rodolphe Jaar é um entre 11 acusados por vários papéis na morte de Moïse, assassinado em sua casa. Outros são empresários acusados de ajudar a obter veículos e armas de fogo na Florida e ex-soldados colombianos acusados de matar Moïse no seu quarto, segundo documentos do tribunal. Jaar foi condenado na sexta-feira pelo juiz da Florida Jose Martinez.
O assassínio de Moïse, em Julho de 2021, levou a um vazio político que permitiu a ascensão de gangues poderosos, com grande parte do país a tornar-se numa terra sem lei.
Jaar confessou, em Março, ter fornecido equipa e verbas para raptar Moïse, mas o plano inicial acabou por ser transformar mais tarde num plano de assassínio.
Parte do dinheiro foi usado para comprar armas e pagar subornos aos seguranças do Presidente, segundo a confissão escrita do réu.
O acusado reuniu-se com os outros conspiradores na noite anterior ao assassínio, segundo a confissão. Foi nessa altura que o haitiano-americano James Solages declarou que o objectivo era matar Moïse.
Os documentos do tribunal acrescentam que Jaar também se encontrou com outros réus, incluindo o ex-senador haitiano Joseph Joel John, o haitiano-americano Joseph Vincent, o ex-militar colombiano German Rivera e o venezuelano Antonio Intriago, proprietário de uma empresa de segurança privada com sede em Miami.
Segundo uma declaração do Departamento de Justiça dos EUA, na altura em que foi preso, na Repúblicad Dominicana, em Janeiro do de 2022, Jaar terá ainda ajudado um grupo de colombianos envolvidos no caso a esconder-se das autoridades do Haiti.