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Sondagem: Chega desce, Bloco sobe e PS está em queda

Sondagem Expresso/SIC revela que 64% dos inquiridos entendem que foi um erro o primeiro-ministro não ter aceitado o pedido de demissão de João Galamba.

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Partido de André Ventura desce, mas mantém o terceiro lugar LUSA/RODRIGO ANTUNES
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O PSD ultrapassa o PS, a Iniciativa Liberal cresce e aproxima-se do Chega, que regista uma descida. Estas são as principais conclusões do barómetro da Intercampus para o CM-CMTV publicado esta sexta-feira.

O PSD atinge 24,1% das intenções de voto, enquanto o PS tem 22,4%. Comparando com os números do barómetro publicado a 7 de Maio, os dois partidos crescem, sendo que o PSD tem um aumento mais expressivo: passa de 21,1% para 24,1% enquanto o PS sobe apenas 0,8 pontos percentuais.

O partido de André Ventura fica-se pelos 11,8%, o que representa menos 0,3 pontos percentuais do que há um mês, mas mantém o terceiro lugar, atrás do PS e do PSD.

A descida do Chega significa que a direita radical não está a conseguir capitalizar com a crise política em que o país mergulhou por causa do caso Galamba-SIS. Quem está a subir nas intenções de voto dos portugueses é o Bloco de Esquerda (BE), que regista 9,3%.

Com um crescimento de 1,4 pontos percentuais relativamente ao mês de Maio, o BE fica à frente da Iniciativa Liberal, que também cresce (para 8,1%). Mariana Mortágua, recém-eleita líder dos bloquistas, pega no partido com uma tendência de crescimento.

A CDU sobe três décimas, passando a 3,8% nas intenções de voto. PAN passa de 2% para 3,6%, o Livre e o CDS empatam nos 2,2%.

Em termos de direita e esquerda, a primeira leva vantagem. A direita regista neste estudo 46,2% e a esquerda consegue um pouco menos (41,3%) das preferências dos inquiridos. Os números revelam, por outro lado, que uma aliança de direita sem o Chega reuniria 34,4% das intenções de voto, o que significa que os sociais-democratas não teriam maioria para governar.

Em declarações aos jornalistas, no Parlamento, o líder do Chega referiu que o partido mantém o terceiro lugar e sublinhou que “há uma ampla maioria à direita”. “Não há nenhuma maioria sem o Chega”, afirmou. E desafiou as forças políticas à direita para reunir esforços: “Temos de trabalhar para haver uma alternativa.”

De acordo com o barómetro, a amostra é constituída por 611 entrevistas com a seguinte distribuição: 289 homens, 322 mulheres; 128 pessoas entre os 18 e os 34 anos; 211 entre os 35 e os 54 anos; e 272 pessoas com 55 ou mais anos. Os trabalhos de campo decorreram entre 25 e 31 de Maio. O erro máximo é de mais ou menos 4,0%.

João Galamba devia sair, Governo não

Outra sondagem publicada na edição sexta-feira pelo semanário Expresso revela que a maioria dos inquiridos quer o ministro das Infra-Estruturas, João Galamba, fora do Governo e concorda com a decisão do Presidente da República de não dissolver o Parlamento.

De acordo com a sondagem, que é o primeiro estudo de opinião do ICS-Iscte para o Expresso e a SIC depois da crise política Galamba-SIS, 64% dos inquiridos (quase dois terços) entendem que foi um erro o primeiro-ministro não ter aceitado o pedido de demissão de João Galamba, contrariando o entendimento do Presidente da República, que era favorável à sua saída do Governo. Apenas 17% consideram que António Costa “fez bem” e 19% dos intervenientes não sabem ou não respondem. A sondagem mostra que, entre os inquiridos que simpatizam com o PS, há 42% que dizem que Costa fez mal em manter Galamba.

Relativamente à pergunta se o Governo vai durar até ao final da legislatura (2026), 52% respondem que sim, 34% dizem que não e 15% afirmam não saber. Um total de 17% dos inquiridos entendem que o Presidente da República fez bem em anunciar que vai estar mais atento e interveniente.

Quanto à evolução da relação entre o Presidente da República e o primeiro-ministro, 56% respondem que esta vai ficar na mesma, 34% vaticinam que vai piorar e 4% acreditam que vai melhorar.

Os trabalhos desta sondagem decorreram entre os dias 13 e 28 de Maio. A informação foi recolhida através de entrevista directa e pessoal na residência dos inquiridos. Foram feitas 1204 entrevistas válidas A margem de erro é de mais ou menos 2,8%, com um nível de confiança de 95%.

Notícia alterada às 16h50 relativamente às subidas e descidas em pontos percentuais

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