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Sondagem: Costa consegue estancar perda de popularidade, mas não a do Governo. Galamba é o pior ministro

Mais de metade dos inquiridos (54%) pela Aximage faz uma avaliação má ou muito má da actuação do primeiro-ministro e do Governo (60%). Popularidade de Marcelo continua em queda.

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Avaliação ao desempenho do primeiro-ministro continua a ser negativa Rui Gaudencio

A queda na popularidade de que António Costa vinha sofrendo sucessivamente desde o ano passado teve um ligeiro travão no mais recente barómetro da Aximage para o DN, JN e TSF, mas mesmo assim o primeiro-ministro continua com uma avaliação bastante negativa. Mais de metade (54%) dos inquiridos considera que o desempenho do primeiro-ministro é mau (26%) ou muito mau (28%), e apenas 27% dizem fazer uma avaliação boa ou muito boa (o que representa um aumento de três pontos percentuais em relação a Janeiro). Os restantes respondem "nem boa nem má".

Os inquéritos (805 considerados válidos) foram feitos na semana de 10 a 14 de Abril, ou seja, no intervalo entre os dois anúncios de novas medidas de apoio às famílias de Março e de Abril (a 17). Mas já se sabia do aumento salarial extraordinário de 1% e do subsídio de refeição para a função pública, do apoio mensal de 30 euros às famílias mais pobres, e que haveria um cabaz de IVA zero, o que deverá explicar esta pequena viragem na avaliação de Costa, que apesar de manter uma avaliação negativa consegue uma ligeira recuperação na avaliação positiva.

De acordo com o DN, os inquiridos com mais de 65 anos estão mudar a percepção sobre o primeiro-ministro e se antes eram quem mais avaliação positiva lhe dava, agora Costa regista um saldo negativo de 33% junto desta faixa etária.

Apesar desses sucessivos anúncios e do travão à queda da popularidade de António Costa, a avaliação do desempenho do Governo como um todo está ligeiramente pior (agravou-se um ponto, de 59 para 60%). Nesta altura, seis em cada dez inquiridos fazem uma avaliação muito má (34%) ou má (26%) do desempenho do executivo – a subida foi de um ponto na primeira. Porém, como a percentagem dos que em Janeiro diziam que a sua avaliação não era boa nem má se reduziu, a actuação positiva pôde aumentar de 20 para 23%.

Também o Presidente da República leva um cartão amarelo: a sua avaliação é positiva para 44% dos inquiridos (cai um ponto), enquanto 37% dizem que tem tido uma actuação negativa.

Olhadas a médio prazo, as avaliações do primeiro-ministro e do Presidente da República mostram um desagrado crescente por parte dos inquiridos. Em Abril do ano passado, apenas 22% diziam que o desempenho de Costa era mau ou muito mau (agora são mais do dobro); e Marcelo também só tinha 15% a darem-lhe avaliação negativa (hoje são o triplo).

No caso da relação entre o primeiro-ministro e o Presidente da República, três quartos dos inquiridos (76%) defendem que Marcelo deveria ser mais exigente com Costa.

Questionados sobre em quem confiam mais (se no Presidente ou no primeiro-ministro), 44% responderam que têm maior confiança em Marcelo (ainda assim, são menos três pontos que no início do ano), e um quinto (19%) preferem António Costa (que subiu seis pontos).

Porém, alguns ministros não podem dizer o mesmo. Em especial João Galamba e Fernando Medina. Se em Janeiro, acabado de entrar para o cargo de ministro das Infra-estruturas, muitos ainda davam a Galamba o benefício da dúvida, agora sobem de 28 para 54% os entrevistados que consideram o seu desempenho mau ou muito mau. Apenas 12% dizem que é positivo. Na base dessa avaliação estará a sua forma de lidar com a questão da TAP (por exemplo, com a demissão da CEO pela televisão).

Já o ministro das Finanças tem ainda mais respostas negativas (58%) do que Galamba, mas Fernando Medina ainda consegue que 21% dos inquiridos lhe dêem nota positiva. O ministro da Saúde ocupa o terceiro lugar do top dos ministros com avaliação mais negativa (42%), seguido do ministro da Administração Interna (36%). Todos estes quatro governantes têm um saldo de avaliação negativo.

A oposição também não escapou à avaliação e os resultados mostram que a população está mais descontente do que em Janeiro. Mais de metade dos inquiridos (52%) diz que a oposição como um todo tem tido uma actuação negativa (um aumento de quatro pontos), e só 22% dizem que tem feito um trabalho positivo (em Janeiro eram 23%).

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