Vladimir Pliassov não devia ter sido demitido sem ser ouvido, defendem especialistas

Professor de russo recebeu informação de despedimento por email e sem ser ouvido. Juristas apontam que só em caso de “especial urgência” poderia ser negada uma audição com Vladimir Pliassov.

Foto
Universidade de Coimbra demitiu o director do Centro de Estudos Russos, na sequência de acusações de "propaganda russa" PAULO PIMENTA
Ouça este artigo
--:--
--:--

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

O antigo director do Centro de Estudos Russos da Universidade de Coimbra, Vladimir Pliassov, deveria ter sido ouvido antes de receber o email a avisá-lo da rescisão imediata do seu vínculo com a instituição. Esta posição é defendida por juristas especializados em liberdade de expressão, que não vêem nos argumentos apresentados até à data pela Universidade de Coimbra uma justificação para o despedimento sumário. “A audição do visado só poderia ser dispensada se se provasse uma especial urgência, uma situação muito grave, em que o acto tivesse de ser imediato”, defende Sofia Pinto Oliveira, especialista em liberdade de expressão da Universidade do Minho.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.