Tina Turner morreu. Tinha 83 anos e já há 13 que estava afastada do mundo do espectáculo, a viver com o marido na Suíça, para onde se mudou em 1995, tendo obtido a cidadania em 2013. Mas nem o afastamento de mais de uma década esmoreceu a admiração conquistada.
A notícia da sua morte apanhou de surpresa a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, durante uma conferência de imprensa, mostrando-se emocionada quando o repórter da NBC, Peter Alexander, lhe pediu uma reacção ao sucedido: “Tina Turner era um ícone, um ícone da música que teve muitos palcos e muitos momentos incríveis na sua carreira. É muito triste ouvir esta notícia. Eu era uma grande fã de Tina Turner. Como podem ver pela minha reacção, é a primeira vez que ouço falar dela. É uma perda enorme, uma perda enorme para as comunidades que a adoravam e, certamente, para a indústria musical.”
O Presidente Joe Biden acabou por se pronunciar mais tarde, lembrando as origens de Tina: “Antes de ser a rainha do rock 'n' roll, Tina Turner era filha de um agricultor no Tennessee”, lembrou, sublinhando que “para além de ser um talento único numa geração que mudou a música americana para sempre, a força pessoal de Tina era notável”.
Já o antigo ocupante da Casa Branca Bill Clinton lembrou as vezes que se cruzou com a artista: “Nunca me esquecerei de a conhecer quando veio a Little Rock para um concerto depois de ter lançado Private dancer, em 1984. Voltámos a encontrar-nos no seu 67.º aniversário em São Petersburgo, onde ela e Elton John cantaram para um evento de beneficência. Ela ainda tinha o talento, estilo, energia e autenticidade, um presente inestimável para os amantes da música em todo o mundo.”
E uma inspiração, segundo a vocalista da banda de new wave Blondie, Debbie Harry: “Uma mulher que começou na zona rural de Nutbush (Tennessee), nos campos de algodão, e trabalhou até chegar ao topo. A Tina foi uma grande inspiração para mim quando estava a começar e continua a sê-lo até hoje.”
Um sentimento partilhado por Mariah Carey, que destacou o facto de Tina Turner ter sido “uma intérprete, artista musical e pioneira incrível”. E resumiu: “Para mim, ela será sempre uma sobrevivente e uma inspiração para as mulheres de todo o mundo. A sua música continuará a inspirar as gerações vindouras.”
A perda não passou ao lado de Angela Bassett, actriz que vestiu a pele da cantora em Eu, Tina, o biodrama de Brian Gibson, de 1993. “Como é que nos despedimos de uma mulher que era dona da sua dor e do seu trauma e que os usou como meio para ajudar a mudar o mundo?”, começa por perguntar Bassett, enaltecendo o facto de que “Tina Turner mostrou aos outros que viviam com medo como deve ser um futuro bonito cheio de amor, compaixão e liberdade”.
O actor norte-americano George Takei, o Mr. Sulu na primeira série Star Trek para a televisão, descreveu Tina Turner como “uma verdadeira lenda”. “Ela era a nossa River deep e a nossa Mountain high, a Private dancer dos nossos corações.” Já Cary Elwes (Robin Hood: Heróis em Collants) preferiu destacar que “as lendas nunca morrem, vivem para sempre na nossa psique colectiva”.
Tina would have so much energy during her performances and was a true entertainer. She created the blueprint for other great entertainers like Janet Jackson and Beyoncé and her legacy will continue on through all high-energy performing artists. Cookie and I are praying for her… pic.twitter.com/tFpWfj8clC
— Earvin Magic Johnson (@MagicJohnson) May 24, 2023
“Lendária” foi a palavra escolhida por Billy Corgan, o vocalista dos Smashing Pumpkins, enquanto Bryan Adams publicou uma fotografia sua ao lado de Tina Turner: “Ficarei eternamente grato pelo tempo que passámos juntos em digressão, no estúdio e como amigos. Obrigado por seres a inspiração de milhões de pessoas em todo o mundo, por dizeres a tua verdade e por nos ofereceres a tua voz. É apenas amor e nada mais.”
Já para a cantora Ciara, “o céu ganhou um anjo”, ao passo que a actriz Mia Farrow desabafa apenas um “A magnífica Tina Turner deixou-nos”.
Simply the best. Music legend Tina Turner sparkled across the stage and into millions of hearts as the Queen of Rock 'n' Roll. Her legacy will forever live among the stars. pic.twitter.com/W0OGq61vwT
— NASA (@NASA) May 24, 2023
Para o ex-basquetebolista Magic Johnson, “Tina tinha muita energia durante as suas actuações e era uma verdadeira artista”. Além disso, destaca a antiga estrela da NBA, “criou o modelo para outras grandes artistas como Janet Jackson e Beyoncé e o seu legado continuará através de todos os artistas de grande energia”.
Uma admiração partilhada por Maria Shriver: “Tina Turner era icónica, talentosa e feroz. Que viagem. Que vida, cheia de grandes altos e baixos. Deixou um casamento abusivo. Reencontrou o amor. Fez o seu caminho neste mundo, vendendo milhões de álbuns. Tornou-se mãe, passou por uma tristeza terrível e, mesmo assim, continuou. Trouxe alegria a tantos, mesmo quando estava a viver uma tragédia.”
Entre as instituições, destaque para a publicação da NASA com uma imagem do céu estrelado: “Simply the best. A lenda da música Tina Turner brilhou no palco e em milhões de corações como a rainha do rock 'n' roll. O seu legado viverá para sempre entre as estrelas.”
E Stephen King, conhecido escritor de fantasia e terror, resume a vida da artista numa música: “Tina Turner: Simply the best”.
Artigo actualizado com as reacções de Joe Biden, Bill Clinton, Debbie Harry e Mariah Carey.