Meghan e Harry em “perseguição quase catastrófica” com paparazzi

O incidente ocorreu depois de os duques de Sussex terem assistido a uma cerimónia de entrega de prémios em Nova Iorque, na terça-feira. O casal estava acompanhado pela mãe da antiga actriz.

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Meghan e Harry têm vindo a acusar os media de perseguição, sobretudo os tablóides ingleses Reuters/TOBY MELVILLE/arquivo
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O príncipe britânico Harry, a sua mulher, Meghan Markle, e a sua sogra estiveram envolvidos numa “perseguição de carro quase catastrófica” com os paparazzi a tentarem obter imagens exclusivas do casal, denunciou um porta-voz do príncipe nesta quarta-feira.

O incidente ocorreu, na terça-feira, depois de o casal ter participado numa cerimónia de entrega de prémios organizada pela Ms. Foundation for Women, durante a qual Meghan foi homenageada pelo seu trabalho em prol dos direitos das mulheres.

“Esta perseguição implacável, que durou mais de duas horas, resultou em múltiplas quase-colisões envolvendo outros condutores na estrada, peões e dois agentes do NYPD (Departamento de Polícia de Nova Iorque)”, detalhou o porta-voz de Harry num comunicado, citado pela Reuters.

As fotografias que, entretanto, surgiram em alguns meios de comunicação social, como o Daily Express ou o Daily Mail (as imagens estão associadas a estes jornais através do Google Images, já não estando visíveis nos respectivos sites), mostram Harry, Meghan e a mãe da antiga actriz, Doria Ragland, num táxi.

“Ontem à noite, o duque e a duquesa de Sussex e a sra. Ragland estiveram envolvidos numa perseguição de carro quase catastrófica às mãos de um grupo de paparazzi altamente agressivos”, lê-se em comunicado.

Harry e Meghan têm vindo a acusar os media de perseguição, sobretudo os tablóides ingleses, contra os quais o príncipe tem a decorrer, de momento, duas acções nos tribunais londrinos. Foi, aliás, o assédio da imprensa que o casal citou para justificar a sua decisão de abdicar dos deveres reais e de se mudar para os EUA — ainda que, no início, os duques tenham proposto trabalhar em part-time para a coroa, dividindo o seu tempo entre a América do Norte e o Reino Unido.

Pouco tempo antes, Harry tinha acusado os tablóides britânicos de perseguição à sua mulher, declarando temer que a história se repetisse e que acabasse por acontecer com Meghan o mesmo que à sua mãe. “Eu vi o que acontece quando alguém que eu amo é catalogado ao ponto de deixar de ser tratado ou visto como uma pessoa de verdade. Perdi a minha mãe e agora vejo a minha mulher a ser vítima das mesmas forças poderosas”, escreveu Harry numa declaração emitida em Outubro de 2019, três meses antes de anunciar a sua decisão de se afastar.

Diana morreu na sequência de um acidente de viação, enquanto o carro onde seguia era perseguido por vários paparazzi. Na época, a morte da princesa de Gales, aos 36 anos, deu origem a um debate mundial sobre o comportamento da imprensa sensacionalista e, especificamente, dos paparazzi, colocando várias personalidades, quadrantes e responsáveis de órgãos de comunicação social a analisar onde se traçaria a linha entre o direito à informação e o direito à privacidade.

O desfecho do caso que vitimou Lady Di e o seu então companheiro, o egípcio Dodi Al-Fayed, chegou em Abril de 2008, com o júri responsável pelo inquérito a concluir que o acidente foi provocado pela conduta negligente de ambos os condutores dos veículos envolvidos: o Mercedes onde seguia o casal e o Fiat Uno dos paparazzi.

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