Eurovisão: que hipóteses tem Portugal de ganhar?

A 67.ª edição da Eurovisão chega ao fim este sábado, numa cerimónia transmitida em directo de Liverpool a partir das 20h.

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Mimicat na primeira meia-final da Eurovisão Sarah Louise Bennett / EBU
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O consenso entre as casas de apostas especializadas prevê que a 67.ª Eurovisão, cuja final decorre este sábado a partir das 20h, seja ganha por Loreen, a repetente cantora e escritora de canções sueca que ganhou o concurso em 2012. Tudo graças à sua Tattoo.

Na cerimónia, transmitida em directo da Liverpool Arena pela RTP1, Mimicat, a concorrente portuguesa, também marcará presença. Estará a defender a sua Ai Coração, escrita pela própria artista, cujo nome verdadeiro é Marisa Mena, com a ajuda de Luís Pereira, canção com a qual ganhou em Março o Festival da Canção.

Se formos pelo que as apostas dizem – e a própria afirmou ao PÚBLICO que não liga nada a isso, isto antes da semifinal em que se qualificou –, as probabilidades de uma boa classificação para Portugal são mesmo muito poucas. Segundo o site Eurovision World, que compila as probabilidades de várias casas, a nossa representante arrisca um 24º lugar (de 26). É menos de 1% de probabilidade, para as 53% da canção sueca.

As casas de apostas não são oráculos sempre fidedignos, ajudam só a fazer previsões. Conseguiram, por exemplo, acertar quem iria ganhar em 2018, 2019 e 2022, mas falharam em 2021. E há sempre muito que muda quando as canções são interpretadas ao vivo.

A seguir a Tattoo, o top 5 das casas de apostas continua com Cha Cha Cha, de Käärijä, pela Finlândia, com 22% de hipóteses.

Segue-se, em terceiro lugar, Heart of Steel, do duo TVORCHI, com 6%. A Ucrânia foi a vencedora do ano passado e era o país onde a competição deveria ter decorrido, mas, por causa da invasão russa, a organização desta edição transitou para o segundo classificado, o Reino Unido.

Como vencedora, a Ucrânia não teve de defender o tema que a representa em nenhuma das semifinais e pôde assim ter acesso directo à semifinal. A organização da Eurovisão decidiu, contudo, não ter o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a falar na cerimónia.​

Por fim, em quarto e quinto lugar estão Unicorn, cantada por Noa Kirel em nome de Israel, e Queen of Kings, a canção da Noruega, com respectivamente, 4 e 2% de hipóteses de vencer. O top 10 inclui ainda Espanha, França, Itália, Reino Unido e Áustria.

Mas só se saberá por volta da meia-noite, quando todos os votos estiverem contados. Antes disso, é preciso todas as canções serem apresentadas num espectáculo que será apresentado, como as duas semifinais, pelas britânicas Alesha Dixon, da girl band dos anos 2000 Mis-Teeq, e Hannah Waddingham, actriz da série Ted Lasso, e a ucraniana Julia Sanina, que abriu a Eurovisão deste ano com a sua banda, The Hardkiss.

A elas juntar-se-á Graham Norton, cómico e apresentador irlandês que é um veterano da Eurovisão. Os comentadores portugueses, durante a transmissão da RTP, serão os também experientes José Carlos Malato, o célebre apresentador, e Nuno Galopim, que é director da Antena 1, RDP África e RDP Internacional e ainda um dos arquitectos do novo fôlego do Festival da Canção, que teve o seu auge em 2017, com a vitória de Salvador Sobral na Eurovisão.​

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