Marcelo defende que “não havia tempo para vinculação extraordinária” dos professores

Chefe de Estado explica promulgação do diploma porque, embora preferisse “outras soluções noutros aspectos da lei, aquilo que justificava a assinatura era mais pesado”.

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Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República Rui Gaudêncio

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta terça-feira que "não havia tempo para vinculação extraordinária" dos professores no diploma relativo ao recrutamento, e após ter "pesado os pratos da balança" optou pela promulgação.

"Não há tempo para vinculação extraordinária. Para abrir concurso, não havia tempo para vinculação extraordinária", disse o chefe de Estado, falando à imprensa portuguesa à chegada à cidade francesa de Estrasburgo, antes de um jantar com eurodeputados portugueses e com membros da diáspora portuguesa.

"Eu entendi que, pesando os pratos da balança, tendo preferido outras soluções noutros aspectos da lei, aquilo que justificava a assinatura era mais pesado", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República comentava a promulgação do diploma do Governo sobre recrutamento de pessoal docente, na segunda-feira, para não "adiar as expectativas de cerca de oito mil professores", apesar de não terem sido acolhidas as suas propostas nesta matéria.

"Não passou aquilo que eu consideraria importante quanto à vinculação dos professores, mas surgiu uma razão mais importante, de que o concurso teria de ser aberto esta semana. E ou era aberto à luz da lei anterior e dava para 2000 professores, ou a lei ainda entrava em vigor permitindo o regime e abrir o número de professores contemplados, em condições nalguns aspectos diferentes, passando a ser não 2000, mas cerca 10.000", disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Também esta terça-feira, o ministro da Educação anunciou que a portaria das vagas para a vinculação de mais de 10 mil professores será publicada até ao final do dia e o concurso deverá arrancar na quarta-feira, após a publicação do diploma.