Acaba de nascer a primeira Barbie com síndrome de Down. A famosa boneca, que em 2023, aos 64 anos, ganha novo fôlego com um filme que se prevê ser um blockbuster, quer ser mais inclusiva, apresentando-se com as características físicas dos portadores de trissomia 21, uma alteração genética causada pela existência de três, em vez de duas, cópias do cromossoma 21.

Num comunicado divulgado na terça-feira, a fabricante de brinquedos Mattel disse ter trabalhado com a Sociedade Nacional de Síndrome de Down nos Estados Unidos para criar a boneca, que tem uma estrutura mais curta e um tronco mais longo do que as outras Barbies, esclarecendo que a sua criação tem o objectivo de tornar a famosa gama de brinquedos mais inclusiva.

O rosto da nova boneca tem também uma forma mais redonda, olhos amendoados, orelhas mais pequenas e uma ponte nasal achatada, informou a Mattel, citada pela Reuters.

"As palmas das mãos da boneca até incluem uma única linha, uma característica frequentemente associada às pessoas com síndrome de Down", lê-se no comunicado.

A boneca está vestida com um vestido de mangas em balão, adornado com borboletas e flores em amarelo e azul — cores associadas à sensibilização para a síndrome de Down.

A Barbie com trissomia 21 usa um colar cor-de-rosa com três divisas para cima, que representam as três cópias do 21º cromossoma, bem como uma ortótese cor-de-rosa para o tornozelo, afirmou a Mattel.

"O nosso objectivo é permitir que todas as crianças se identifiquem na Barbie e, ao mesmo tempo, encorajar as crianças a brincar com bonecas que não se parecem com elas próprias", declarou Lisa McKnight, vice-presidente executiva e directora Global da Barbie & Dolls, Mattel, no comunicado.

A boneca com síndrome de Down faz parte de uma nova e mais diversificada linha de Barbie Fashionistas para 2023. Outras bonecas desta gama apresentam uma variedade de tipos de corpo, uma boneca que usa aparelho nos dentes e um boneco Ken chega com uma perna prostética.

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