MP pede 20 anos de cadeia para ex-fuzileiro suspeito de matar Fábio Guerra

Agente da PSP morreu há cerca de um ano depois de ter sido espancado à perta da discoteca Mome, em Lisboa.

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Foi à porta da discoteca Mome, em Lisboa, que tudo aconteceu Nuno Ferreira Santos

O Ministério Público (MP) defendeu esta quinta-feira em tribunal a condenação dos ex-fuzileiros Cláudio Coimbra e Vadym Hrynko pelo homicídio qualificado do agente da PSP Fábio Guerra, pedindo que o primeiro seja punido com pelo menos 20 anos de prisão.

Nas alegações finais do julgamento em curso no Juízo Central Criminal de Lisboa, o MP salientou que o tribunal deve aplicar aos dois arguidos "penas privativas de liberdade", realçando que "os factos são muito graves" e destacando a conduta e antecedentes criminais de Cláudio Coimbra na medida da pena a impor, sem o ter feito em relação a Vadym Hrynko.

O procurador salientou ainda que na noite em que espancaram Fábio Guerra os arguidos já tinham tentado matar outro cliente da discoteca Mome, na Av. 24 de Julho, em Lisboa, tendo ainda batido noutros agentes da PSP.

O agente da PSP Fábio Guerra, 26 anos, morreu em 21 de Março de 2022, no Hospital de São José, em Lisboa, devido a "graves lesões cerebrais" sofridas na sequência das agressões de que foi alvo no exterior do estabelecimento de diversão nocturna, quando se encontrava fora de serviço juntamente com colegas.

O Ministério Público acusou em Setembro os ex-fuzileiros Cláudio Coimbra e Vadym Hrynko de um crime de homicídio qualificado, três crimes de ofensas à integridade física qualificadas e um crime de ofensas à integridade física simples no caso que culminou com a morte do agente da PSP Fábio Guerra.