Luzes, câmara, acção. Foi a grande noite do cinema e a festa fez-se também na passadeira "vermelha" à porta do do Dolby Theatre, em Los Angeles. Pela primeira vez em décadas, na 95.ª edição dos prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, o vermelho do clássico tapete foi trocado pelo champanhe. Mas não se esperava menos do que o glamour de Hollywood nos coordenados das celebridades.
E cumpriu-se. A celebração foi também da moda, já que os Óscares representam um momento de promoção para o trabalho das casas de moda, que a troco de visibilidade na imprensa e nas redes sociais, vestem os nomeados da cerimónia. No serão, destacou-se a Louis Vuitton, como a marca a vestir mais celebridades, a começar por Cate Blanchett.
Nomeada para Melhor Actriz, Blanchett é conhecida por reaproveitar modelos antigos, numa aposta na sustentabilidade. Nos Bafta, reutilizou um vestido Maison Margiela, que já tinha usado em 2015. Desta vez, contudo, a aposta não esteve na reutilização, mas sim num modelo Louis Vuitton, em azul e preto, que não reuniu consenso.
Já Michelle Williams deslumbrou de forma angelical num modelo Chanel, em branco e repleto de brilhantes. A colega nomeada Michelle Yeoh também apostou no branco, vestida pela Dior, com uma clássica silhueta de princesa, onde as franjas marcam a diferença.
Nomeada, igualmente, para Melhor Actriz, Ana de Armas manteve-se na zona de conforto, mas sem descurar o bom gosto, num brilhante vestido Louis Vuitton. Há quem diga que o modelo é uma homenagem a Marylin Monroe, que interpretou em Blonde. O modelo tem semelhanças com o polémico vestido de Monroe, que Kim Kardashian usou no Met Gala em 2022.
A contrastar com o branco de Williams e Yeoh, não faltou cor na passadeira ─ supõe-se que as casas de moda já estivessem a par da substituição do vermelho pelo champanhe. Stephanie Hsu em rosa Valentino, Angela Bassett em roxo Moschino ou Sandra Oh em laranja Giambattista Valli apostaram nas cores garridas, seguindo também as tendências desta estação.
Tendência nas passadeiras vermelhas tem sido, ainda, os volumes exagerados. Neste campo, a estatueta vai para Florence Pugh, um dos destaques da noite em Valentino. O modelo é um contraste entre os mini calções pretos e o exagero do tafetá com uma longa cauda. Apesar de menos exagerado, é de destacar o modelo Prada de Hong Chau, que pediu para alterar a gola do vestido, para que prestasse uma homenagem ao traje mandarim.
Foi igualmente uma noite de sensualidade nas transparências e com Rihanna como rainha. A cantora estava nomeada para o seu primeiro Óscar por Melhor Canção Original em Black Panther: Wakanda para sempre. Depois de anunciar a segunda gravidez no Super Bowl, deslumbrou na passadeira com uma criação Alaïa, transparente na zona da barriguinha.
Lady Gaga também apostou na transparência com um modelo Versace acabado de sair da passerelle, numa colecção apresentada por Donatella Versace, esta quinta-feira, em Los Angeles. O vestido, com um soutien cónico, é justo e transparente até à zona da cintura descida, que abre numa saia rodada de tafetá.
Entre os homens, Austin Butler leva o galardão do mais elegante com um fato Saint Laurent, que acompanhou com uns saltos, em homenagem a Elvis Presley, a que deu vida no cinema.
Na galeria de imagens acima, acompanhe o desfile de celebridades na passadeira champanhe do Dolby Theatre.