Bebé que nasceu com 22 semanas tinha 10% de hipótese. Completa agora seis meses
Imogen nasceu a 6 de Setembro com apenas 515 gramas. Na altura, os médicos deram-lhe uma taxa de sobrevivência inferior a 10%.
Imogen Stonehouse, uma bebé que nasceu no dia 6 de Setembro na cidade de Swansea, em Gales, no Reino Unido, com apenas 22 semanas e 515 gramas completou seis meses esta semana. À nascença, os médicos deram-lhe uma taxa de sobrevivência inferior a 10%, com a bebé a permanecer 98 dias nos cuidados intensivos. Nesse período, foi submetida a várias transfusões de sangue e monitorizada de perto devido a um “sopro no coração”. Antes de ir para casa, ficou mais 34 dias no hospital.
“A Imogen já passou por muito mais do que alguma vez vamos passar nas nossas vidas”, descreveu a mãe, Rachel Stonehouse, 28 anos, em declarações à BBC, na semana em que a bebé celebra seis meses. “Foi muito assustador”, partilha. “As dores eram horríveis. Entrei em modo de sobrevivência para mim e para a bebé e tentava apenas respirar no meio das dores.”
Quanto mais cedo um bebé nasce, maior é o risco de morte ou incapacidade grave. Considera-se que um bebé é prematuro quando nasce antes das 37 semanas de gestação. As complicações de saúde incluem problemas respiratórios, digestivos, cardíacos e hemorragias cerebrais.
Imogen não é o primeiro caso de sucesso de um bebé que nasceu às 22 semanas. Este mês, o casal de gémeos canadianos Adiah Laelynn e Adrial Luka Nadarajah, que nasceram a 4 de Março de 2022, entraram para o livro de recordes do Guinness como os irmãos mais prematuros do mundo. Os médicos achavam que os bebés não iam sobreviver.
“Vimos os bebés quase morrer diante dos nossos olhos muitas vezes”, explicou a mãe, Shakina Rajendram, em entrevista ao Guinness World Records, mas, um ano mais tarde os gémeos canadianos estão “muito bem” e a exceder todas as expectativas.
O caso do bebé mais prematuro que se conhece é o de Curtis Zy-Keith Means, um menino americano que nasceu com 21 semanas e 1 dia, a 5 de Julho 2020. Means pesava apenas 432 gramas; a irmã gémea, C’Asya Zy-Nell, não sobreviveu. Em Novembro de 2021, entrou no livro de recordes do Guinness.